O PIB do desastre anunciado

Publicado em:

O tombo hist贸rico do PIB 茅 a s铆ntese do modelo econ么mico falido adotado no pa铆s desde Lula e aprofundado por Dilma. A mesma receita que os petistas agora querem turbinar

O governo do PT teve revelada nesta manh茫 sua obra-prima: o tamanho da monstruosa recess茫o na qual o pa铆s foi mergulhado pelas gest玫es de Lula e Dilma. A economia brasileira afundou como h谩 d茅cadas n茫o afundava, superou todos os pa铆ses relevantes do mundo no quesito fracasso e prenunciou a mais longa retra莽茫o da hist贸ria do pa铆s. 脡 preciso muita incompet锚ncia reunida para obter um feito como este.

O PIB caiu 3,8% em 2015, segundo informou o聽IBGE聽nesta manh茫. Foi a maior queda desde 1990, primeiro ano do governo Fernando Collor. Calculado em valores per capita, ou seja, quando o valor da riqueza produzida 茅 dividido pela popula莽茫o residente, a baixa foi de 4,6%, a segunda consecutiva deste indicador.

Todos os setores, exceto a agropecu谩ria, tiveram queda no resultado anual. A ind煤stria, de novo, liderou a baixa, com recuo de 6,2% no ano. Servi莽os ca铆ram 2,7%, maior retra莽茫o desde 1996. A alta da atividade agr铆cola foi de 1,8%, a menor desde 2012.

No trimestre, a baixa foi de 1,4%, na compara莽茫o com os tr锚s meses imediatamente anteriores. 脡 a quarta queda trimestral seguida. O Brasil est谩 em recess茫o h谩 dois anos. H谩 dois anos, o pa铆s n茫o cresce e, por anos ainda, n茫o crescer谩.

H谩 apenas uma explica莽茫o para o mau desempenho da economia nacional: o governo brasileiro. N茫o h谩 quaisquer fatores externos que justifiquem quedas t茫o acentuadas, tampouco a perspectiva palp谩vel de que o mergulho prosseguir谩 neste e, talvez, at茅 no pr贸ximo ano.

O crescimento m茅dio mundial no ano passado foi de 3,1%. Pa铆ses que enfrentaram recess茫o brava j谩 est茫o a pleno vapor. 脡 o caso da聽Espanha, uma das mais afetadas pela crise de 2008: seu PIB subiu 3,5% no ano passado, depois de alta de 1,4% em 2014. Segundo estimativas do聽FMI, s贸 Burundi, L铆bia, Guin茅, I锚men, Serra Leoa, Sud茫o, Ucr芒nia e Venezuela devem ter se sa铆do聽pior que o Brasil em 2015. Que fase!

N茫o h谩 perspectiva boa 脿 vista. Na m茅dia do mercado 鈥 aferida pelo聽Banco Central聽鈥 o progn贸stico 茅 de nova queda de 3,4% da economia brasileira neste ano e um crescimento rid铆culo de 0,5% em 2017. Ser谩 a mais extensa e profunda recess茫o vivida pelo Brasil em toda a sua hist贸ria republicana, batendo os -2,1% e -3,3% do bi锚nio 1930-1931.

Caso isso se confirme, teremos quatro anos seguidos de redu莽茫o no PIB per capita, numa queda que, acumulada, ir谩 superar 10%. Estudos consistentes indicam que apenas em 2020 este indicador voltar谩 aos n铆veis de 2010. Ou seja, teremos uma d茅cada perdida em termos de gera莽茫o de riqueza.

O futuro fica ainda mais turvo quando se observa especificamente o comportamento dos investimentos. Eles caem seguidamente h谩 sete trimestres, quando comparados ao trimestre imediatamente anterior. No ano passado, o mergulho foi de 14%, que se somaram ao recuo de 4,5% j谩 verificado em 2014.

Como consequ锚ncia, as taxas de investimento e de poupan莽a nacionais despencaram para n铆veis hist贸ricos: 18,2% e 14,4% do PIB, respectivamente. 脡 tudo o que um pa铆s nas condi莽玫es em que se encontra o Brasil n茫o precisa. O desalento reinante tamb茅m fez tombar todos os demais componentes da demanda (consumo das fam铆lias, com o pior resultado desde 1991, e do governo).

O tombo hist贸rico do PIB 茅 a s铆ntese do modelo econ么mico falido adotado no pa铆s desde Lula e aprofundado por Dilma. O mesmo modelo que os petistas agora advogam que seja turbinado, com maior concess茫o de cr茅dito, mais incentivo ao consumo, juros baixados na marra, maior participa莽茫o estatal na economia e leni锚ncia com a infla莽茫o. O resultado desta op莽茫o est谩 a铆, para quem quiser ver: um desastre tingido com todas as cores mais sombrias.

Ponto de vista

脷ltimas postagens

Instituto Teot么nio Vilela: SGAS 607 Bloco B M贸dulo 47 - Ed. Metr贸polis - Sl 225 - Bras铆lia - DF - CEP: 70200-670