A onda que varreu o Brasil

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Uma análise mais aprofundada dos resultados do primeiro turno da eleição municipal ocorrida nesta semana mostra que o bom desempenho tucano não se limitou a importantes vitórias nos principais centros do país. O partido consolidou suas bases onde já tem presença expressiva, como São Paulo, Minas Gerais e Goiás, mas disseminou sucessos por todo o Brasil.

Além de eleger o futuro prefeito de São Paulo, João Doria, e de reeleger Firmino Filho em Teresina, ambos no primeiro turno, o PSDB ampliou o número de prefeituras governadas em 14 dos 26 estados. O maior salto, tanto em termos absolutos quanto percentuais, foi no Mato Grosso: mais 35 prefeituras em relação a 2012, com alta de 1.200%. No cômputo geral, o PSDB elegeu mais 98 prefeitos em relação a 2012, com crescimento de 14%, segundo balanço que acaba de ser publicado pelo Instituto Teotônio Vilela. Esse número pode ser ainda maior após o segundo turno, no qual seguem na disputa 19 candidatos tucanos, sendo 8 em capitais.

Em 18 dos 26 estados, a votação dada a candidatos a prefeito neste ano cresceu em relação a quatro anos atrás. Novamente o Mato Grosso liderou, multiplicando a votação tucana por sete entre as eleições de 2012 e de 2016. No geral, a votação em candidatos a prefeitos tucanos aumentou 3,7 milhões de votos, ou 26%.

Mesmo estados onde o desempenho eleitoral do PSDB não havia sido satisfatório nas últimas eleições, o partido avançou muito no domingo passado: no Rio, embora tenha conseguido eleger apenas o mesmo número de prefeitos de quatro anos atrás (dois), a votação recebida pelos candidatos do PSDB aumentou 331%.

Regionalmente, o PSDB manteve-se forte no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e avançou em quase todo o Nordeste e Norte. Na Bahia, por exemplo, o crescimento foi expressivo: dez prefeituras a mais e alta de 208% nos votos recebidos pelos candidatos a prefeito do PSDB em comparação com 2012.

Os resultados tucanos no primeiro turno representam, segundo analisa O Estado de S. Paulo em reportagem sobre o documento produzido pelo ITV, “crescimento exponencial no número de votantes em alguns centros metropolitanos considerados estratégicos para a disputa presidencial de 2018”.

Mato Grosso do Sul e Alagoas foram, proporcionalmente, os estados onde as candidaturas tucanas foram mais bem sucedidas. A taxa de sucesso, ou seja, o total de vitórias em relação ao número de candidaturas, chegou, respectivamente, a 64% e 63%. No geral, a taxa de sucesso de candidatos tucanos foi de 45%, a mais alta entre os maiores partidos: foram 793 vitórias para um total de 1.757 candidaturas apresentadas.

Nesta eleição, o PSDB lançou 238 candidatos à reeleição. Destes, 129 foram vitoriosos em primeiro turno, o que resulta numa taxa de êxito de 54%. Há, ainda, mais cinco prefeituras onde o partido busca reeleger seus prefeitos na disputa de 30 de outubro.

Quando se consideram todos os municípios onde o PSDB atualmente é governo e lançou candidato próprio, o partido obteve 263 vitórias num universo de 480 candidaturas. A taxa de sucesso, neste caso, foi de 54,5%. No caso do PT, o índice ficou em 31%.

Em 312 municípios do país houve confrontos diretos entre candidatos do PSDB e do PT. Destes, em 114 o PSDB foi vitorioso, enquanto o PT saiu-se melhor em apenas 34.
Dos 630 municípios atualmente administrados por petistas, em 45 o PT tentou manter-se na prefeitura e teve, entre seus oponentes, um adversário do PSDB. Em apenas nove destes locais (20% do total), o PT saiu-se vencedor, enquanto em 17 (37,8%) os tucanos ganharam a eleição.

Os números demonstram que o sucesso tucano teve amplo alcance, numa onda de proporções nacionais. Sinalizam também que o eleitorado aprovou e chancelou a condução firme da oposição ao longo dos últimos anos, em especial no enfrentamento e consequente afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff do poder. As urnas agora recompensaram a postura que livrou o país da agonia petista.

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