A economia atrás das grades

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O ex-ministro da Fazenda de Lula e Dilma foi preso nesta manhã pela Polícia Federal – por causa da internação e grave estado de saúde da mulher dele, foi libertado horas depois por decisão do juiz federal Sérgio Moro. Mantega é acusado de ter negociado repasses para as campanhas petistas com empresas envolvidas na Lava Jato. Coisa miúda: quase R$ 27 milhões desviados de obras de construção de plataformas da Petrobras. Nunca antes na história se viu o responsável pela gestão da economia do país imiscuir-se tão fundo na corrupção.

Além de titular da Fazenda, Mantega foi ministro do Planejamento e presidente do BNDES na gestão Lula. Isso talvez explique por que estas instituições também estão tão enroladas em grossas falcatruas. Do banco, principalmente, saíram os bilhões em empréstimos e financiamentos camaradas para todas as empresas que ora naufragam no petrolão, entre elas a Mendes Junior e a OSX, investigadas na operação desta manhã. Os elos da cadeia se fecham.

Ter um ex-ministro da Fazenda tão envolvido em corrupção ajuda a entender um pouco mais como o petismo produziu a ruína econômica atual. Da base da sua militância até os capas-pretas com assento na Esplanada dos Ministérios, era ampla, geral e irrestrita a ligação com o financiamento criminoso do esquema mafioso do PT. Agora vão ruindo.

A mando direto da chefe Dilma Rousseff, Mantega também esteve na raiz da chamada contabilidade criativa, a inventiva e fraudulenta maneira de administrar o orçamento público e de apresentar as contas salgadas para a sociedade brasileira pagar. A burla recorrente ao dinheiro do contribuinte foi a principal razão do impeachment da ex-presidente. Seu legado são a recessão, o desemprego e a inflação.

Além de alvo da Lava Jato, Mantega caminha para ser inabilitado para o exercício de cargos de confiança na administração pública. O Tribunal de Contas da União está concluindo as investigações sobre as pedaladas fiscais e prevê punição a pelo menos 5 das 17 autoridades investigadas, segundo informa o Valor Econômico em sua edição de hoje. Mantega é um deles. Vale recordar que o antecessor do ex-ministro no cargo, Antonio Palocci, também naufragou em fartas denúncias de corrupção e enriquecimento ilícito.

Com as revelações que se acumulam, fica fácil perceber como funcionava a cadeia de comando dos governos petistas na economia. O que menos importava era produzir crescimento, progresso e bem-estar para a população. As decisões visavam atender apenas um único interesse: a perpetuação dos petistas no poder. E ainda tem gente que culpa a crise internacional pelo fracasso com o qual, por anos, ainda teremos de lidar…

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