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Um ano difícil (Carta 1058)
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Carta de Formulação e Mobilização Política, 12 de janeiro de 2015, No. 1058
Dilma Rousseff iniciou seu segundo mandato trazendo nas costas um saco cheio de maldades. Os primeiros dias do ano estão sendo marcados pelo anúncio de medidas recessivas e, sobretudo, pelo ataque a direitos dos trabalhadores e pela penalização dos contribuintes. 2015 promete ser duro. As maldades começaram a vir a público aos poucos, assim que a petista obteve sua vitória nas urnas. Paulatinamente, foram se materializando medidas opostas às da plataforma que Dilma sustentou na campanha. Foram sucessivos atos de estelionato eleitoral. As tesouradas ganharam força no fim do ano passado, quando a equipe econômica do novo mandato começou a pôr as asinhas de fora. Desde então, se desenhou um quadro de arrocho e forte ajuste nas contas públicas – tudo o que Dilma afirmou aos eleitores que não seria necessário fazer. Até agora, a lista de maldades já conta com mudanças substanciais na concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários, como seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, objeto de duas medidas provisórias (n° 664 e 665) editadas em 30 de dezembro. Certamente encontrarão forte resistência no Congresso. Inclui também o corte nas despesas dos ministérios, que objetiva economia de R$ 22,7 bilhões neste ano. Como a contradição é a linha-mestra das ações da presidente Dilma, a pasta mais afetada pela tesoura foi a da Educação, a mesma que inspirou o novo slogan oficial “Brasil, Pátria Educadora”: perderá cerca de R$ 7 bilhões neste ano. O objetivo declarado das medidas é correto: obter um superávit fiscal maior, equivalente a 1,2% do PIB. Ocorre que o desarranjo nas contas, a disparada da dívida pública, o baixo crescimento econômico e a inflação resistente são consequências diretas de uma política equivocada posta deliberadamente em marcha por Dilma em seu primeiro mandato. Em nenhum momento até agora, porém, ouviu-se da presidente um mea culpa pela lambança cujo custo agora é socializado com todos os brasileiros – que também já se vêem ameaçados pelo novo ministro da Fazenda de ter que pagar impostos ainda mais altos. Aos poucos, políticas desastrosas vão sendo abandonadas, como a dos “campeões nacionais” que mamaram bilhões em incentivos fiscais e não produziram quase nada em troca. Mas ninguém do governo vem a público reconhecer o fracasso de anos de equívocos; apenas apressam-se a empurrar a fatura para os contribuintes pagarem. As medidas conhecidas até agora indicam que o custo dos desequilíbrios e da farra de experimentos econômicos malsucedidos virá na forma de crescimento anêmico do PIB, inflação ainda muito alta e avanço do governo no bolso e nos direitos dos cidadãos. Pode resultar só num ano difícil, mas também corre risco de virar um quadriênio desastroso.
Ponto de vista
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.”
Lêda Borges
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juízo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente às funções que exercem.”
Dagoberto Nogueira
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideias”
Eduardo Leite
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.”
Raquel Lyra
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um país tolerante e de respeito às opiniões e aos poderes.”
Tasso Jereissati
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.”
Daniel Trzeciak
“A participação das mulheres na política deve ser prioridade para a construção de um país mais moderno e justo”
Bruno Araújo
“Toda crítica que uma mulher na política recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na política vem mascarado de crítica.”
Aava Santiago
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.”
Beto Pereira
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.”
Pedro Cunha Lima
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o país a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.”
Marconi Perillo
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a Brasília trabalhar muito por um país melhor e mais justo para todos.”
Paulo Alexandre Barbosa
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da política brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.”
Aécio Neves
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possível.”
Lucas Redecker
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em Brasília, pronto para a luta, é gratificante.”
Adolfo Viana
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo políticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.”
Geovania de Sá
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a política pública moldada às necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.”
Paula Mascarenhas
“De política a mulher entende. Política é vida, e a mulher leva vida para a política.”
Débora Almeida
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no país. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.”
Gabriela Cruz
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.”
Cris Correia
“O meu modelo de governo prioriza os municípios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.”
Eduardo Riedel
“É impossível um país ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nível de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.”
Vitor Lippi
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento político brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.”
Geraldo Resende
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasil”
Beto Richa
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.”
Bruno Covas
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ política não leva à boa política de que precisamos.”
Fernando Henrique Cardoso
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possível desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.”
Plinio Valerio
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.”
Cinthia Ribeiro