InÃcio > Cartas Formulação > Nossa Guerra Particular
Nossa Guerra Particular
Publicado em:
Brasil continua sendo paÃs onde mais se mata no mundo. Enquanto gastos federais com segurança só caem, estados investem mais e usam tecnologia para combater o crime
O Brasil mantém-se como o lugar onde mais se mata no mundo: quando este texto terminar de ser lido, mais uma pessoa terá sido morta no paÃs. Enquanto este incômodo tÃtulo perdurar, nenhuma polÃtica pública poderá ser considerada bem-sucedida, nenhum governo poderá se dar por satisfeito.
No ano passado, foram 58.383 mortes classificadas como “crimes violentos letais intencionais”, que vão de homicÃdios a latrocÃnios, passando por lesões corporais seguidas de morte, vÃtimas de ações policiais e policiais mortos em ação, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Equivalem a uma a cada 9 minutos.
Nos últimos anos, a violência migrou dos grandes centros brasileiros para se esparramar pelo paÃs, mais especialmente pelo Nordeste. Foi um movimento concatenado: enquanto a economia nacional surfava no boom global da década passada, o crime se espalhava pela região. Estados e capitais nordestinas lideram todos os rankings recentes de mortes violentas.
É uma indicação clara de que os avanços alardeados pelo petismo durante anos como uma espécie de redenção dos mais pobres não passaram de nuvem etérea. O Brasil torrou os ganhos financeiros do perÃodo da bonança em consumo estéril, enquanto mantinha intocadas chagas seculares, como é o caso da criminalidade.
A negligência das polÃticas públicas em relação à segurança fica flagrante ao se examinar os gastos orçamentários com o enfrentamento do problema, compilados na 10ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública que o FBSP publicou na Ãntegra ontem. Desde o inÃcio da década, a participação da União despenca, enquanto estados e municÃpios investem mais em proporção do PIB.
Em termos reais, ou seja, já descontada a inflação do perÃodo, o governo federal gastou com segurança pública no ano passado menos que em 2008. Já as gestões estaduais – a quem cabe constitucionalmente as atribuições de policiamento ostensivo e preservação da ordem pública – e municipais tiveram despesas recordes.
Violência se combate com rigor, mas, sobretudo, com inteligência. Enquanto o crime arma-se de maneira cada vez mais pesada, cabe ao Estado agir com vigor enquanto coloca a tecnologia a serviço da lei. Estados com polÃticas bem estruturadas nesta direção, como São Paulo, de longe o mais seguro do paÃs, colhem nos últimos anos reduções mais significativas e constantes nos Ãndices de criminalidade.
No último ano, houve queda de 1,2% nas mortes registradas no paÃs. Mesmo assim, não há absolutamente nada a comemorar. Numa comparação feita pelo FBSP, em cinco anos morreram mais pessoas em decorrência de crimes violentos no Brasil do que em conflitos como o da SÃria, o mais letal no mundo hoje. Tanto lá, como cá, esta guerra tem que acabar.
– Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica Nº 1472 04
Ponto de vista
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideiasâ€
Eduardo Leite
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasilâ€
Beto Richa
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.â€
Cinthia Ribeiro
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juÃzo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente à s funções que exercem.â€
Dagoberto Nogueira
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possÃvel.â€
Lucas Redecker
“De polÃtica a mulher entende. PolÃtica é vida, e a mulher leva vida para a polÃtica.â€
Débora Almeida
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.â€
Lêda Borges
“É impossÃvel um paÃs ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nÃvel de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.â€
Vitor Lippi
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no paÃs. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.â€
Gabriela Cruz
“A participação das mulheres na polÃtica deve ser prioridade para a construção de um paÃs mais moderno e justoâ€
Bruno Araújo
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o paÃs a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.â€
Marconi Perillo
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.â€
Daniel Trzeciak
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.â€
Bruno Covas
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um paÃs tolerante e de respeito à s opiniões e aos poderes.â€
Tasso Jereissati
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possÃvel desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.â€
Plinio Valerio
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da polÃtica brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.â€
Aécio Neves
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento polÃtico brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a polÃtica pública moldada à s necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.â€
Paula Mascarenhas
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.â€
Raquel Lyra
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.â€
Beto Pereira
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ polÃtica não leva à boa polÃtica de que precisamos.â€
Fernando Henrique Cardoso
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a BrasÃlia trabalhar muito por um paÃs melhor e mais justo para todos.â€
Paulo Alexandre Barbosa
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.â€
Cris Correia
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.â€
Geraldo Resende
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.â€
Pedro Cunha Lima
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo polÃticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.â€
Geovania de Sá
“O meu modelo de governo prioriza os municÃpios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.â€
Eduardo Riedel
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em BrasÃlia, pronto para a luta, é gratificante.â€
Adolfo Viana
“Toda crÃtica que uma mulher na polÃtica recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na polÃtica vem mascarado de crÃtica.â€
Aava Santiago