A falência do Brasil
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PolÃticas econômicas fracassadas aliadas ao assalto perpetrado pelo PT aos cofres públicos quebraram o Estado. O Brasil é hoje um paÃs falido, pária no mundo das finanças globais
Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica, 01 de fevereiro de 2016, N. 1294
A deterioração das contas públicas é a melhor tradução da ruÃna patrocinada pelos governos do PT. PolÃticas econômicas supostamente desenvolvimentistas – aliadas ao assalto perpetrado pelo partido aos cofres públicos – quebraram o Estado brasileiro. O Brasil é hoje um paÃs falido, tratado como pária no mundo das finanças globais.
Nos últimos dias, foram conhecidos três indicadores relativos ao desempenho das contas públicas no ano passado. Todos demonstram a mesma coisa: o aprofundamento dos desequilÃbrios, os gastos sem fim e a total ausência de planejamento na execução orçamentária nacional.
O déficit do setor público como um todo (União, estados e municÃpios) foi de R$ 111 bilhões em 2015, o maior da história e o segundo consecutivo. Em proporção do PIB, o rombo atingiu 1,9%. O governo havia iniciado o ano prevendo superávit de R$ 66 bilhões (1,1% do PIB). O resultado só não foi ainda pior porque estados e municÃpios conseguiram poupar R$ 9,7 bilhões.
Um dia antes haviam sido conhecidos os dados apenas do governo federal: déficit de R$ 115 bilhões, também o segundo consecutivo, também o maior da história. Desde que o Banco Central passou a computar o dado, apenas duas vezes as contas fecharam no vermelho, as duas com Dilma – em 2014, o rombo foi de R$ 32,5 bilhões.
Num ano de recessão e quebradeira generalizada, os gastos do governo federal cresceram 2% acima da inflação, enquanto a receita caiu 6,4%. Mais uma vez, os investimentos despencaram (-33%). E o rombo na Previdência subiu ao recorde de R$ 89 bilhões, o que representa alta de mais de 100% em relação a 2012, quando o déficit começou a descolar da faixa em que vinha oscilando desde 2005.
Quando se considera todo o setor público brasileiro, a dÃvida pública equivale agora a 66% do PIB, com alta de nove pontos em apenas um ano. Mesmo sem o pagamento das pedaladas, que consumiu R$ 72 bilhões, o déficit do ano passado seria recorde.
No inÃcio da semana passada, já havÃamos ficado sabendo que a dÃvida pública dera um salto de 21% em 2015, chegando a R$ 2,8 trilhões. Em um ano, o passivo aumentou R$ 497 bilhões. Não vai parar por aÃ: a previsão – oficial! – é de que neste ano haja novo salto de R$ 507 bilhões.
Só com juros, foram torrados no ano passado quase R$ 502 bilhões ou 8,5% do PIB, com aumento de três pontos sobre 2014. Em um ano, foram R$ 190 bilhões gastos a mais. Com os juros em alta, o custo da rolagem da dÃvida brasileira encontra-se hoje em 16% ao ano.
Assim, quando se computam também os gastos com juros, o déficit (nominal) brasileiro ascende a 10,3% do PIB. Isso representa alta de quatro pontos em apenas um ano e equivale a seis vezes a média de endividamento dos paÃses da zona do euro, como destaca O Estado de S.Paulo em sua edição de hoje.
Não deve melhorar. O governo petista promete economizar 0,5% do PIB neste ano, mas ninguém crê nisso. Não há sinais de que a gestão Dilma faça alguma ideia sobre como cortar gastos desnecessários, apoiando-se apenas em medidas que aumentam receitas e esfolam ainda mais o contribuinte, como a volta da famigerada CPMF.
A falência do Brasil, determinada pelas ruinosas gestões do PT, já levou duas agências de classificação de risco a rebaixar o paÃs no ano passado. Com isso, os tÃtulos emitidos pelo governo brasileiro passaram a ser tratados como “lixo†no mercado internacional.
Esta é uma obra que não vem de agora. Trata-se de polÃtica que, há longo prazo, vem quebrando aos poucos o Brasil, supostamente para promover o crescimento econômico – tanto que as despesas já vêm crescendo mais de 5% acima da inflação nos últimos quatro anos, conforme estudo de Marcos Lisboa, Samuel Pessoa e Mansueto Almeida.
Deu no que deu: um paÃs falido, em profunda recessão e à s voltas com agruras do século passado, como a explosão de casos de microcefalia. Pobre Brasil.