A armadilha do baixo crescimento

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Nova queda do PIB 茅 resultado do modelo em que o Estado pode tudo, o dinheiro p煤blico n茫o tem dono nem fim e o investimento privado e o lucro s茫o dem么nios聽

Os resultados do PIB anunciados nesta manh茫 pelo聽IBGE聽s茫o uma cole莽茫o de fracassos. 脡 caso para deixar qualquer pa铆s corado de vergonha. Como os n煤meros encerram o per铆odo em que um partido esteve por mais tempo 脿 frente do poder no Brasil, devem tamb茅m ser suficientes para condenar seus respons谩veis ao degredo pol铆tico.

O PIB brasileiro caiu 0,3% no primeiro trimestre, na quinta baixa consecutiva nesta base de compara莽茫o. A queda acumulada em quatro trimestres chega a 4,7%, a maior da s茅rie iniciada pelo IBGE em 1997. Este seria hoje o retrato mais fidedigno da recess茫o que h谩 dois anos assola a economia brasileira.

Desta vez, nem a agropecu谩ria se salvou. Todos os setores tiveram retrocessos, com destaque para a ind煤stria – aquela mesma que foi a maior benefici谩ria dos seguidos pacotes furados de incentivos tribut谩rios e credit铆cios promovidos pelos governos petistas. S贸 n茫o tombaram as exporta莽玫es e o guloso consumo do governo.

Na compara莽茫o mundial, o Brasil figura novamente na rabeira das listas: no 铆ndice anualizado, ou seja, em rela莽茫o ao primeiro trimestre de 2015, s贸 ganha da Venezuela; quando o cotejo 茅 com o trimestre imediatamente anterior, aparece 脿 frente apenas de Hungria, Gr茅cia e Hong Kong.

脡 nos investimentos que o mergulho 茅 mais profundo. A taxa anualizada at茅 mar莽o desceu a 17,5% do PIB, no pior resultado desde o segundo trimestre de 2007, segundo a Assessoria em Finan莽as do ITV. N茫o 茅 dif铆cil recordar que 2007 foi justamente o ano em que se lan莽ou o PAC, cuja “m茫e” todos conhecem. Notam-se sem dificuldade seus nulos resultados.

Tecnicamente, a economia brasileira completou agora seu segundo ano em recess茫o. 脡 a mais profunda que o pa铆s j谩 enfrentou. E pode ser a mais duradoura, superando a crise global dos anos 1930 – ontem a OCDE聽divulgou聽previs茫o de que o PIB do Brasil cair谩 tamb茅m em 2017, na terceira baixa consecutiva, algo nunca antes visto na nossa hist贸ria.

Resta evidente que o pa铆s v锚-se preso numa armadilha que o condena a crescer quase nada – isso quando cresce. Trata-se de modelo em que o Estado pode tudo, o dinheiro p煤blico n茫o tem dono nem fim, a responsabilidade fiscal 茅 um preceito a ser tratorado, o investimento privado e o lucro s茫o dem么nios a serem exorcizados. Desnecess谩rio dizer da ru铆na que isso acarreta; os n煤meros j谩 falam por si.

O que o Brasil precisa urgentemente 茅 aposentar este modelo e retomar o curso de iniciativas que, at茅 serem atropeladas pelos governos Lula e Dilma, vinham mostrando sucesso. Mais responsabilidade com os recursos p煤blicos, menor peso do Estado na economia, reformas que impulsionem a produtividade e a competitividade de quem trabalha e produz. Este 茅 o encontro necess谩rio que a sociedade brasileira necessita promover, sob pena de n茫o ter futuro algum.

– Carta de Formula莽茫o e Mobiliza莽茫o Pol铆tica N潞 1373

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