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“Terceira via: necessidade ou desejo?”, por Marcus Pestana
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As eleições majoritárias em dois turnos foram introduzidas, no Brasil, pela Constituição Federal de 1988. O primeiro objetivo era conferir ao vencedor mais legitimidade e força. O segundo, libertar o eleitor da pressão do chamado “voto útilâ€, permitindo que ele manifeste sua preferência por identidade com o candidato que julgue o melhor, independente das suas chances de vitória, e participe de uma correção de rumo na segunda rodada. Os profissionais de marketing polÃtico e de pesquisas de opinião dizem sempre que no primeiro turno se vota a favor, pela identificação, e no segundo, contra, pela rejeição.
A população tem as atenções na nova onda da pandemia, na inflação e no desemprego, não está preocupada com as eleições. Os números das pesquisas refletem, como virou lugar comum dizer, “uma fotografia do momentoâ€. Até aqui são monólogos paralelos que não interagem. Campanha é pra mudar os números. Há registros de vitórias espetaculares e inesperadas. Tudo pode acontecer, inclusive nada.
Fato é que a eleição presidencial de 2022 está balizada por duas lideranças fortes, enraizadas, representativas de dois polos extremos do espectro polÃtico e ideológico, orgânicas e que têm pisos de intenção de voto muito altos. O que deveriam fazer Moro, Ciro, Dória ou Simone Tebet? Jogar a toalha? Sequestrar do eleitor a possibilidade de manifestar suas divergências com os dois lÃderes das pesquisas? Se o primeiro turno é regido pelo império das identidades, cabe perguntar: qual nosso nÃvel de identificação com Bolsonaro ou Lula?
Bolsonaro representa, na era das redes sociais, a tradição de uma direita conservadora e autoritária presente em vários momentos da história brasileira em figuras como PlÃnio Salgado, Carlos Lacerda, Jânio, Collor e as lideranças do perÃodo militar. Dispõe de um significativo exército digital e desperta paixões até irracionais em sua bolha. Não representará mais novidade em 2022. Terá que defender seu governo. Não terá a bandeira anticorrupção empunhada por Moro e nem a agenda liberal de Paulo Guedes, que ficou só no discurso.
Por outro lado, Lula continua o bom e velho lÃder se equilibrando entre os setores mais moderados da esquerda e aqueles que ainda são prisioneiros de um anacrônico paradigma revolucionário. Um olho pisca para Geraldo Alckmin como vice, o outro sacrifica o compromisso com a democracia com acenos de simpatia a Cuba, Venezuela e Nicarágua. Resta um mar de ambiguidades.
Resvala no desejo de controle sobre a imprensa; não esboça a mÃnima autocrÃtica em relação aos escândalos de corrupção e em relação a polÃtica econômica dos governos do PT que levou à recessão de 2014 a 2016; fala em acabar com as privatizações, a reforma trabalhista, a âncora fiscal, a regra de ouro e a independência do Banco Central.
Diante disto, fica claro que nem todos os segmentos da sociedade estão contemplados. Os setores do polo democrático mais do que o desejo de apresentar uma alternativa, têm o dever de construir candidaturas que defendam radicalmente a democracia, a liberdade individual, social, econômica e o desenvolvimento sustentável. Para ganhar ou para perder, desempenhando o papel pedagógico e mobilizador que a democracia requer. Polemizar e interagir com Bolsonaro e Lula, obrigando a todos explicitarem o que querem para o futuro do Brasil.
(*) Economista e consultor do ITV, foi deputado federal pelo PSDB-MG
Ponto de vista
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.â€
Daniel Trzeciak
“A participação das mulheres na polÃtica deve ser prioridade para a construção de um paÃs mais moderno e justoâ€
Bruno Araújo
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.â€
Cinthia Ribeiro
“O meu modelo de governo prioriza os municÃpios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.â€
Eduardo Riedel
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“É impossÃvel um paÃs ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nÃvel de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.â€
Vitor Lippi
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a polÃtica pública moldada à s necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.â€
Paula Mascarenhas
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.â€
Beto Pereira
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juÃzo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente à s funções que exercem.â€
Dagoberto Nogueira
“De polÃtica a mulher entende. PolÃtica é vida, e a mulher leva vida para a polÃtica.â€
Débora Almeida
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.â€
Lêda Borges
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.â€
Bruno Covas
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a BrasÃlia trabalhar muito por um paÃs melhor e mais justo para todos.â€
Paulo Alexandre Barbosa
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um paÃs tolerante e de respeito à s opiniões e aos poderes.â€
Tasso Jereissati
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasilâ€
Beto Richa
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.â€
Pedro Cunha Lima
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ polÃtica não leva à boa polÃtica de que precisamos.â€
Fernando Henrique Cardoso
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.â€
Cris Correia
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o paÃs a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.â€
Marconi Perillo
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.â€
Geraldo Resende
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possÃvel desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.â€
Plinio Valerio
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo polÃticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.â€
Geovania de Sá
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possÃvel.â€
Lucas Redecker
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento polÃtico brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no paÃs. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.â€
Gabriela Cruz
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.â€
Raquel Lyra
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideiasâ€
Eduardo Leite
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da polÃtica brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.â€
Aécio Neves
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em BrasÃlia, pronto para a luta, é gratificante.â€
Adolfo Viana
“Toda crÃtica que uma mulher na polÃtica recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na polÃtica vem mascarado de crÃtica.â€
Aava Santiago