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“Os caça-fantasmas e a assombração do comunismo”, por Marcus Pestana
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O Manifesto Comunista, de 1948, escrito por Marx e Engels, começa de forma dramática: “Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismoâ€. Marx não viveu para ver a fracassada experiência do “socialismo real†na URSS, no Leste Europeu, na China e em mais alguns poucos paÃses. Hoje, uma verdadeira caricatura da ameaça comunista se tornou arma polÃtica nas mãos da extrema-direita mundial, para gerar o medo necessário à uma polarização extremada.
No último sábado, tinha rascunhado artigo sobre o tema, motivado pelas reações tresloucadas de muitos nas redes sociais aos convites para a comemoração dos 90 Anos do Presidente Fernando Henrique, segundo elas: “um comunista dissimulado e perigosÃssimoâ€. Mas, como se acendeu mais uma polêmica inútil sobra a pandemia em relação à suposta notificação exagerada das mortes por COVID-19, como ex-secretário de saúde de Minas Gerais, me senti na obrigação de entrar na discussão emergencial. Como dito na música Certas Canções, de Milton e Tunai: “Certas canções que ouço, cabem tão dentro de mim. Que perguntar carece, como não fui eu que fiz?â€. Eis que no mesmo sábado, 19 de junho, meu amigo, cientista polÃtico e diretor-geral da Fundação FHC, publicou, no jornal “O Estado de São Pauloâ€, o artigo “O bicho-papão do comunismoâ€. Reclamei com ele que tinha telepaticamente me roubado a ideia. Ele me estimulou a insistir no tema.
Nossa geração, a da redemocratização, é assim. Faz do debate de ideias mecanismo de explicitação de divergências e de construção de identidades e consensos.
Sérgio Fausto, seguindo a tradição de seu pai Boris Fausto, é um cientista polÃtico e historiador arguto, afiado, brilhante e cirúrgico. Em seu artigo registra que o comunismo recebeu seu atestado de óbito em 1991 com a dissolução da URSS, após o esgotamento da tentativa de reforma do sistema soviético liderada por Gorbatchov através da “Glasnost†e da “Perestroikaâ€. Já dois anos antes, o Muro de Berlim veio ao chão sinalizando o fim da era do “socialismo realâ€. Sérgio Fausto revela seu espanto pelo fantasma do comunismo ser ressuscitado, trinta anos depois de sua morte, agora como farsa e não como tragédia, no discurso farsesco da extrema-direita mundial, cultuando um inimigo imaginário, necessário para a tentativa fraudulenta de reeditar uma Guerra Fria pós-moderna.
Ora, o comunismo hoje não é mais que um moinho de vento. A China inaugurou sua experiência de Capitalismo de Estado há décadas, combinando economia de mercado com um governo autoritário de partido único, mais preocupado em exportar produtos do que revoluções. Cuba está definhando economicamente. A Venezuela é um triste retrato de fome e miséria. Daniel Ortega se ocupa de prender adversários para assegurar mais uma ilegÃtima reeleição, enquanto a Nicarágua patina no subdesenvolvimento. O perigo mora na Coréia do Norte e seu ridÃculo ditador? A conspiração do marxismo cultural, baseada em Gramsci, supostamente engendrada para invadir famÃlias, instituições e sociedade e derrotar a civilização cristã ocidental, não passa de fantasia ideológica para alimentar ódios, ressentimentos e posturas radicais. A luta dos caça-fantasmas contra a assombração do comunismo no mundo atual seria trágica, se não fosse cômica.
Precisamos qualificar o debate polÃtico, intelectual e ideológico no Brasil.
(*) Economista, consultor do ITV, foi deputado federal pelo PSDB-MG
Ponto de vista
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em BrasÃlia, pronto para a luta, é gratificante.â€
Adolfo Viana
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento polÃtico brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideiasâ€
Eduardo Leite
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a BrasÃlia trabalhar muito por um paÃs melhor e mais justo para todos.â€
Paulo Alexandre Barbosa
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possÃvel.â€
Lucas Redecker
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possÃvel desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.â€
Plinio Valerio
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ polÃtica não leva à boa polÃtica de que precisamos.â€
Fernando Henrique Cardoso
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.â€
Raquel Lyra
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.â€
Daniel Trzeciak
“Toda crÃtica que uma mulher na polÃtica recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na polÃtica vem mascarado de crÃtica.â€
Aava Santiago
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juÃzo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente à s funções que exercem.â€
Dagoberto Nogueira
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.â€
Beto Pereira
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da polÃtica brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.â€
Aécio Neves
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um paÃs tolerante e de respeito à s opiniões e aos poderes.â€
Tasso Jereissati
“De polÃtica a mulher entende. PolÃtica é vida, e a mulher leva vida para a polÃtica.â€
Débora Almeida
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o paÃs a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.â€
Marconi Perillo
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.â€
Cris Correia
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.â€
Lêda Borges
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.â€
Cinthia Ribeiro
“A participação das mulheres na polÃtica deve ser prioridade para a construção de um paÃs mais moderno e justoâ€
Bruno Araújo
“É impossÃvel um paÃs ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nÃvel de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.â€
Vitor Lippi
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo polÃticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.â€
Geovania de Sá
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no paÃs. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.â€
Gabriela Cruz
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.â€
Bruno Covas
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.â€
Geraldo Resende
“O meu modelo de governo prioriza os municÃpios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.â€
Eduardo Riedel
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a polÃtica pública moldada à s necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.â€
Paula Mascarenhas
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.â€
Pedro Cunha Lima
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasilâ€
Beto Richa