InÃcio > Artigos > Propostas para o Brasil > Reforma PolÃtica > “Mudanças eleitorais: duas ideias, dois equÃvocos”, por Marcus Pestana
“Mudanças eleitorais: duas ideias, dois equÃvocos”, por Marcus Pestana
Publicado em:
As democracias modernas, sejam presidencialistas ou parlamentaristas, se assentam em instituições essenciais, na Constituição e nas leis. O centro de gravidade reside no parlamento, onde a pluralidade de interesses e visões estão presentes, e nos partidos polÃticos, organizadores coletivos das diversas correntes de opinião.
A existência de um legislativo forte e de um quadro partidário consistente, enraizado na sociedade e não excessivamente pulverizado é essencial para o bom funcionamento da democracia. Ainda mais no mundo contemporâneo onde a democracia representativa é desafiada pela demanda de participação de uma sociedade cada vez mais exigente, e pelo surgimento das redes sociais que, de certa forma, autonomizaram a sociedade e os cidadãos em relação à intermediação institucional.
No Brasil, o parlamento é extremamente pulverizado com a presença de 24 partidos polÃticos médios e pequenos, sem a definição clara de maioria e minoria. Os partidos polÃticos são flácidos, sem grande identidade ideológica – há raras exceções – e com baixa inserção na sociedade.
Aperfeiçoar as regras do jogo é sempre positivo. De dois em dois anos há uma Comissão Especial de reforma polÃtica no Congresso Nacional. Nos meus oito anos como deputado federal e considerado um dos maiores especialistas no tema, participei de quatro comissões (2011,2013, 2015 e 2017). No Brasil é assim, ano par tem eleições, ano impar se instala a discussão sobre reforma polÃtica.
O ano de 2021 não desmentiu a regra. Ano Ãmpar, reforma polÃtica na pauta. E nada é tão ruim que não possa piorar. Dois graves equÃvocos estão em discussão: a adoção do distritão, onde se elegem os mais votados individualmente sem a lógica da proporcionalidade partidária, e o voto impresso.
O sistema da urna eletrônica foi implantado 1996 e é um dos mais sofisticados e seguros de todo o mundo. Há reconhecimento internacional em relação ao moderno, seguro e ágil sistema brasileiro de coleta e totalização dos votos.
As urnas eletrônicas permitiram a eleição de FHC, Lula, Bolsonaro, Dilma para a presidência, de governadores dos mais variados partidos como Zema, Aécio, Serra, Rui Costa, Eduardo Campos e Witzel, e de prefeitos como Dória, Kalil, Eduardo Paes, entre outros. De onde vem a desconfiança? O TSE desenvolveu inúmeros expedientes para assegurar a lisura do sistema. O questionamento feito pelo PSDB em 2014, a meu juÃzo, foi um equÃvoco. O voto impresso só faz sentido se permitir ao eleitor fazer a conferência antes de depositar na urna. Isto é um retrocesso e dá margem para a ação daqueles que querem tumultuar o processo eleitoral e abalar a credibilidade dos resultados.
Por outro lado, o distritão decreta o fim do sistema partidário. Serão 513 partidos individuais presentes na Câmara dos Deputados. Só existe no Afeganistão, Jordânia, Vanuatu e Ilhas Pitcairn. Prefiro me inspirar nos EUA, na Inglaterra, na Alemanha ou na França. Redes sociais podem até ajudar a eleger e derrubar governos, mas não conseguem governar. A formação de maioria parlamentar é essencial para a boa governança e a estabilidade institucional. E isto passa necessariamente pelos partidos.
Aprimorar, sempre! Inovar é saudável! Retroceder, nunca! A adoção do voto impresso e do distritão são retrocessos visÃveis que devem ser combatidos.
(*) Economista e consultor do ITV, foi deputado federal pelo PSDB-MG
Ponto de vista
“Toda crÃtica que uma mulher na polÃtica recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na polÃtica vem mascarado de crÃtica.â€
Aava Santiago
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um paÃs tolerante e de respeito à s opiniões e aos poderes.â€
Tasso Jereissati
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no paÃs. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.â€
Gabriela Cruz
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.â€
Geraldo Resende
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ polÃtica não leva à boa polÃtica de que precisamos.â€
Fernando Henrique Cardoso
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.â€
Pedro Cunha Lima
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possÃvel.â€
Lucas Redecker
“O meu modelo de governo prioriza os municÃpios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.â€
Eduardo Riedel
“A participação das mulheres na polÃtica deve ser prioridade para a construção de um paÃs mais moderno e justoâ€
Bruno Araújo
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juÃzo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente à s funções que exercem.â€
Dagoberto Nogueira
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideiasâ€
Eduardo Leite
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasilâ€
Beto Richa
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da polÃtica brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.â€
Aécio Neves
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.â€
Beto Pereira
“De polÃtica a mulher entende. PolÃtica é vida, e a mulher leva vida para a polÃtica.â€
Débora Almeida
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.â€
Cinthia Ribeiro
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a BrasÃlia trabalhar muito por um paÃs melhor e mais justo para todos.â€
Paulo Alexandre Barbosa
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possÃvel desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.â€
Plinio Valerio
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo polÃticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.â€
Geovania de Sá
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.â€
Daniel Trzeciak
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o paÃs a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.â€
Marconi Perillo
“É impossÃvel um paÃs ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nÃvel de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.â€
Vitor Lippi
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a polÃtica pública moldada à s necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.â€
Paula Mascarenhas
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em BrasÃlia, pronto para a luta, é gratificante.â€
Adolfo Viana
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.â€
Raquel Lyra
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento polÃtico brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.â€
Cris Correia
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.â€
Bruno Covas
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.â€
Lêda Borges