Fora do diálogo, não há salvação; ainda há tempo para recomeçar
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Confesso que cheguei a tal nÃvel de maturidade polÃtica que persigo uma radical independência intelectual e não me apaixono mais por nenhum lÃder carismático ou projeto ideológico salvacionista. Quando era um jovem lÃder estudantil, guardava, na cabeça e na alma, projetos muito mais radicais e mais certezas do que dúvidas. Poucas certezas da juventude sobreviveram. E me intriga ver nosso paÃs, uma máquina de desenvolvimento no pós-guerra, estar se especializando em jogar oportunidades fora.
Quando, na juventude, abandonei a ortodoxia de esquerda, passei a admirar profundamente personagens como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Mário Covas, FHC e JK. Com eles aprendi que adversário não é inimigo, que polÃtica é a arte de somar, não de dividir, e que a natural radicalização das campanhas não serve de base para bons governos.
Hoje, fico perplexo com o embate sectário e desqualificado, potencializado pelas redes sociais, entre polos que não se reconhecem legÃtimos. Não seria grave se o próprio presidente da República, sua famÃlia e seu séquito olavista não entrassem pesado no mesmo jogo.
A única ideia que ainda me apaixona é a defesa da liberdade e da democracia. E elas estão em risco aqui e no mundo. Edmond Burke alertou: “Quanto maior é o poder, tanto mais perigoso é o abuso”.
Recentemente, o excelente livro dos professores de Harvard Steven Levistsky e Daniel Ziblatt “Como as Democracias Morrem” foi alçado à condição de best-seller. Nas páginas 77 e 78 está dito: “(…) teve que encarar um começo turbulento. O Congresso não aprovou nenhuma lei durante seus primeiros meses no cargo e os tribunais não pareciam estar à altura (…) O presidente não só carecia de experiência nas complexidades da polÃtica legislativa, como tampouco tinha paciência para elas”.
E continua: “Assim, em vez de negociar com o Congresso, os açoitou, chamando-os de ‘charlatões improdutivos’. Ele atacou juÃzes não cooperativos, caracterizando-os como ‘lacaios’ e ‘patifes’. Ainda mais perturbador, ele começou a contornar o Congresso, optando por decretos executivos… começaram a se queixar de que a Constituição era rÃgida e restritiva, reforçando o medo de que o compromisso do presidente com as instituições democráticas fosse fraco”.
“Com efeito, os tribunais declararam vários decretos inconstitucionais (…) houve rumores de impeachment (…) Sentindo-se sitiado, o presidente dobrou a aposta (…) O conflito se agravou (…) o conflito tinha chegado a ponto de (…) ou o Congresso matar o presidente, ou o presidente matar o Congresso”.
“O presidente matou o Congresso. Em abril, apareceu na televisão e anunciou que estava dissolvendo o Congresso e a Constituição. Menos de dois anos depois de sua surpreendente eleição, o outsider azarão tinha se tornado um tirano”.
É um texto ficcional sobre o futuro do governo Bolsonaro? Não. É a descrição da escalada de Alberto Fujimori no Peru rumo à instalação de uma ditadura.
Que o texto interessante e de leitura obrigatória, divulgado por nosso presidente, o tenha sido apenas por curiosidade. Que prevaleça o bom senso dos generais no governo. Que as manifestações de amanhã não apostem no confronto com o Congresso e o Poder Judiciário. Que prevaleça o diálogo de Bolsonaro com Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Dias Toffoli, e não o confronto institucional. Fora isso, não haverá salvação. Ainda há tempo para recomeçar.
(*) Secretário-geral do PSDB
Artigo publicado no jornal O TEMPO, em 25/05/2019
Ponto de vista
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.â€
Daniel Trzeciak
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no paÃs. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.â€
Gabriela Cruz
“A participação das mulheres na polÃtica deve ser prioridade para a construção de um paÃs mais moderno e justoâ€
Bruno Araújo
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a polÃtica pública moldada à s necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.â€
Paula Mascarenhas
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em BrasÃlia, pronto para a luta, é gratificante.â€
Adolfo Viana
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.â€
Geraldo Resende
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possÃvel desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.â€
Plinio Valerio
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da polÃtica brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.â€
Aécio Neves
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.â€
Cinthia Ribeiro
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideiasâ€
Eduardo Leite
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um paÃs tolerante e de respeito à s opiniões e aos poderes.â€
Tasso Jereissati
“De polÃtica a mulher entende. PolÃtica é vida, e a mulher leva vida para a polÃtica.â€
Débora Almeida
“Toda crÃtica que uma mulher na polÃtica recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na polÃtica vem mascarado de crÃtica.â€
Aava Santiago
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o paÃs a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.â€
Marconi Perillo
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.â€
Lêda Borges
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasilâ€
Beto Richa
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.â€
Beto Pereira
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.â€
Pedro Cunha Lima
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.â€
Bruno Covas
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juÃzo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente à s funções que exercem.â€
Dagoberto Nogueira
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ polÃtica não leva à boa polÃtica de que precisamos.â€
Fernando Henrique Cardoso
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo polÃticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.â€
Geovania de Sá
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.â€
Cris Correia
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possÃvel.â€
Lucas Redecker
“É impossÃvel um paÃs ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nÃvel de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.â€
Vitor Lippi
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a BrasÃlia trabalhar muito por um paÃs melhor e mais justo para todos.â€
Paulo Alexandre Barbosa
“O meu modelo de governo prioriza os municÃpios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.â€
Eduardo Riedel
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.â€
Raquel Lyra
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento polÃtico brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel