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“A agonia da semana”, por Marcus Pestana
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No Brasil, cada ano parece uma eternidade. Como disse o ex-ministro Pedro Malan, em nosso paÃs “o futuro é duvidoso e até o passado, imprevisÃvelâ€. E o presente? É cheio de nuvens carregadas. A pandemia e a crise econômica não dão o menor sinal de arrefecimento.
Há fatalidades e há erros cometidos. Ninguém poderia prever o inesperado ataque do coronavÃrus. Mas era possÃvel não mergulhar no negacionismo, não apostar em falsas soluções, mobilizar a sociedade para a prevenção, apostar na convergência, preparar rápida ação de imunização, terreno em que o Brasil tem larga experiência. Outra enorme perda de tempo e oportunidades foi a falsa polêmica entre vidas e empregos, saúde versus economia. As duas crises são irmãs gêmeas, faces da mesma moeda. Só haverá retomada econômica com a ampla vacinação da população.
Os desafios para 2021 são enormes: comprar tardiamente insumos farmacêuticos e vacinas num mercado mundial distorcido; vacinar a maioria da população, o que parece que só será possÃvel até o final do ano; oferecer auxÃlio emergencial aos milhões de desempregados, desalentados e subempregados, e estÃmulo econômico a milhares de empresas que se encontram à beira do abismo, num quadro de total penúria fiscal e risco de perda do controle sobre a estabilidade econômica.
Se não bastasse isto, a dinâmica polÃtica continua elevando a temperatura ao máximo. Cogitações de impeachment começam a surgir, ainda que não haja maioria parlamentar, povo na rua e consenso suficiente sobre este caminho . O “escândalo do leite condensado†levou o Presidente a abandonar toda e qualquer liturgia do cargo e agredir a imprensa e as oposições. Os choques entre o governo federal e estados abalam a solidariedade federativa. Enfim, doses adicionais de agonia num quadro já dramático por suas determinantes objetivas. Tudo se assemelha, à s vezes, à uma combinação macabra entre filme de terror, teatro do absurdo e o seriado dos três patetas.
A eleição de 2022 é discussão futurista, distante e precipitada. A agonia palpável da semana é a sucessão no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. É fundamental que sejam reafirmados o protagonismo, a autonomia e a independência do Congresso Nacional, fortalecendo seu papel de freio e contrapeso na defesa da democracia e das instituições republicanas.
No Senado Federal, parece que não teremos surpresa, será eleito o senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM), de vasta cultura jurÃdica, comprometido com a Constituição e as Leis, pessoa serena e equilibrada, que certamente saberá coordenar os debates em busca de soluções para nossa aflitiva situação.
Na Câmara dos Deputados teremos, na segunda-feira, emoções fortes. O embate entre Arthur Lira (PP) e Bolsonaro, de um lado, e Baleia Rossi (MDB) e Rodrigo Maia, de outro, terá certamente resultado apertado, diante de um quadro partidário pulverizado, fragmentado, inconsistente, onde traições e “indisciplinas†se multiplicam.
Os novos presidentes da Câmara e do Senado serão atores chaves na construção do roteiro de saÃdas para um paÃs mergulhado em forte turbilhão econômico, social, sanitário e polÃtico.
(*) Economista, foi deputado federal pelo PSDB-MG
Ponto de vista
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento polÃtico brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasilâ€
Beto Richa
“É impossÃvel um paÃs ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nÃvel de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.â€
Vitor Lippi
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.â€
Raquel Lyra
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.â€
Cinthia Ribeiro
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ polÃtica não leva à boa polÃtica de que precisamos.â€
Fernando Henrique Cardoso
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideiasâ€
Eduardo Leite
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a BrasÃlia trabalhar muito por um paÃs melhor e mais justo para todos.â€
Paulo Alexandre Barbosa
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no paÃs. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.â€
Gabriela Cruz
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a polÃtica pública moldada à s necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.â€
Paula Mascarenhas
“O meu modelo de governo prioriza os municÃpios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.â€
Eduardo Riedel
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.â€
Pedro Cunha Lima
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da polÃtica brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.â€
Aécio Neves
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.â€
Lêda Borges
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.â€
Cris Correia
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.â€
Beto Pereira
“De polÃtica a mulher entende. PolÃtica é vida, e a mulher leva vida para a polÃtica.â€
Débora Almeida
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possÃvel.â€
Lucas Redecker
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.â€
Geraldo Resende
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juÃzo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente à s funções que exercem.â€
Dagoberto Nogueira
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo polÃticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.â€
Geovania de Sá
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o paÃs a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.â€
Marconi Perillo
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.â€
Daniel Trzeciak
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em BrasÃlia, pronto para a luta, é gratificante.â€
Adolfo Viana
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possÃvel desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.â€
Plinio Valerio
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.â€
Bruno Covas
“A participação das mulheres na polÃtica deve ser prioridade para a construção de um paÃs mais moderno e justoâ€
Bruno Araújo
“Toda crÃtica que uma mulher na polÃtica recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na polÃtica vem mascarado de crÃtica.â€
Aava Santiago
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um paÃs tolerante e de respeito à s opiniões e aos poderes.â€
Tasso Jereissati