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“2022: riscos, ameaças e oportunidades”, por Marcus Pestana
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Chamem as cartomantes. Joguem os búzios. Tragam as cartas do Tarot. Ativem a Bola de Cristal. Consultem os videntes. Está aberta a temporada de previsões para 2022.
O mistério do fatiamento do tempo como alavanca para a renovação da esperança é um mistério que nos acompanha há séculos. Como se a vida inaugurada no dia primeiro de janeiro fosse radicalmente diferente.
Infelizmente, o Ano Novo descortina para o Brasil um cenário nada promissor. A economia brasileira não poderia entrar de maneira pior em 2022. Inflação em alta corroendo o poder de compra dos salários. Juros subindo, inibindo o crédito e determinando mais recessão. Credibilidade em relação à polÃtica fiscal entre o taco e o carpete após a implosão da âncora fiscal, o teto dos gastos, e a pulverização dos gastos orçamentários sem bases sólidas e a consagração do princÃpio do calote em relação aos precatórios.
O real excessivamente desvalorizado, encarecendo os preços dos importados e de produtos como os combustÃveis, realimentando a inflação. O emprego revelando uma leve reação mas ainda com mais de 12 milhões de brasileiros desempregados, e outros tantos, subempregados e desalentados. A economia não deverá crescer. Isso depois das severas recessões de 2014, 2015,2016 e 2020. Reformas estruturais em ano eleitoral, chance zero. Vamos empurrar com a barriga os desafios inadiáveis mais uma vez.
No plano social, não avançamos muito diante das crônicas desigualdades sociais herdadas desde o escravismo colonial e reafirmadas, ao longo dos anos seguintes, por uma sociedade excludente. Viramos o ano com 19 milhões de brasileiros ameaçados pela fome. A pandemia aguçou as distâncias entre pobres e ricos. O AuxÃlio Brasil, substituto improvisado do Bolsa FamÃlia, terá boa parte de seus efeitos redistributivos engolidos pela inflação.
Várias decisões em 2021 reafirmaram a preservação de privilégios corporativos. Os dois principais sistemas governamentais, o tributário e o previdenciário, continuam regressivos fazendo o papel de Robin Hood à s avessas. A educação terá mais claros os efeitos da interrupção parcial do processo pedagógico em função da pandemia, mas eles serão certamente mais graves junto à s crianças pobres. O SUS saiu fortalecido junto à sociedade, deu respostas heroicas, apesar de tantas controvérsias inúteis. Talvez, o único dado positivo. Portanto, a construção de um paÃs mais justo e solidário continua uma agenda para o futuro.
Por último, a oportunidade aberta em 2022 vem da polÃtica. Teremos eleições nacionais em outubro. As eleições na democracia tem o papel permanente de mudar ou confirmar rumos. Em 45 anos de militância polÃtica, nunca presenciei uma relação tão estranha e pouco empática de um governo com a população. A manutenção da briga contra a vacina e a ausência de solidariedade simbólica e efetiva com as famÃlias desabrigadas pelas chuvas, reafirmam um caso inédito de estilo polÃtico. Vamos ver o que saà da radicalização natural que haverá da atual polarização polÃtica.
Que os candidatos optem por uma discussão profunda dos reais problemas brasileiros e do rumo a ser adotado, e não se percam no populismo fácil e no desrespeito aos adversários legÃtimos.
A notÃcia boa para 2022 é que o futuro estará nas nossa mãos. Que nossas escolhas produzam um Brasil decente e renovado.
(*) Economista e consultor do ITV, foi deputado federal pelo PSDB-MG
Ponto de vista
“A participação das mulheres na polÃtica deve ser prioridade para a construção de um paÃs mais moderno e justoâ€
Bruno Araújo
“Vamos atuar conscientemente para fiscalizar as ações do governo e votar a favor das iniciativas que representem a vontade do povo brasileiro. Não faremos oposição sistemática, mas também não teremos alinhamento automático. Cada assunto será debatido em profundidade, para que tenhamos o melhor discernimento em favor do Brasilâ€
Beto Richa
“Precisamos estimular os pré-candidatos para que estejam cada vez mais qualificados e preparados para representar os anseios da população e assim consigam exercer suas funções da melhor maneira possÃvel.â€
Lucas Redecker
“A oposição entre ‘velha’ e ‘nova’ polÃtica não leva à boa polÃtica de que precisamos.â€
Fernando Henrique Cardoso
“O verdadeiro regime democrático só existe se os dirigentes eleitos se submeterem à lei e ao juÃzo do povo, através da prestação de conta, cientes da responsabilidade inerente à s funções que exercem.â€
Dagoberto Nogueira
“Sobretudo em momentos de polarização e acirramento ideológico, temos a obrigação de cultuar e proteger as liberdades individuais, a democracia, a tolerância, o não uso da violência.â€
Pedro Cunha Lima
“Espero que essa polarização fique para trás e possamos focar em temas relevantes ao invés dessa disputa ideológica, que não muda a vida de ninguém. Todas as boas iniciativas terão meu apoio. Vou a BrasÃlia trabalhar muito por um paÃs melhor e mais justo para todos.â€
Paulo Alexandre Barbosa
“Devemos garantir que todos tenham direito de aprender, ter independência e realizar sonhos. Vamos juntos pela educação.â€
Raquel Lyra
“Eu acho que o Centro terá um papel extremamente estratégico, dada a radicalização que tomou conta da polÃtica brasileira. Nosso papel é esse: radicalizar no centro, na convergência.â€
Aécio Neves
“O Brasil não tem mais espaço para autoritarismos, estejam eles em qualquer esfera de poder. Não há mais espaço para divisões entre nós e eles. Antes do embate, precisamos de composição. Antes de qualquer coisa, cicatrizar as feridas, e não abrir novas. Antes de nomes, ideiasâ€
Eduardo Leite
“É impossÃvel um paÃs ser competitivo se não tiver recursos para investir nas diversas áreas que promovem o crescimento econômico: indústria, serviços, inovação e pesquisa, capital humano, infraestrutura. E o nÃvel de competitividade será menor ainda se, mesmo que tenha recurso, gastar mal e se planejamento.â€
Vitor Lippi
“De polÃtica a mulher entende. PolÃtica é vida, e a mulher leva vida para a polÃtica.â€
Débora Almeida
“Encontro neste plenário muitas opiniões divergentes das minhas. Nenhuma delas me autoriza a desrespeitar quem também foi eleito pelo voto popular, nem desrespeitar a ninguém.â€
Geraldo Resende
“Recurso público tem que ser igual o orçamento de casa, tem que ser bom, bonito e barato. Aquele tempo da maquiagem ficou no passado.â€
Cinthia Ribeiro
“Para levar em conta as peculiaridades e as necessidades de cada população local, ninguém melhor do que o prefeito ou a prefeita. Por isso, a gente precisa ter recurso, autonomia financeira para poder fazer a polÃtica pública moldada à s necessidades de cada região. Quando a gente conseguir virar essa chave, nós vamos dar um salto de qualidade na administração pública.â€
Paula Mascarenhas
“Toda crÃtica que uma mulher na polÃtica recebe é violência e machismo? Não. Mas toda violência e machismo que uma mulher recebe na polÃtica vem mascarado de crÃtica.â€
Aava Santiago
“Humildade pra ouvir e aprender, coragem para avançar sempre mais. É isso que me move!
Matheus Ribeiro
“A correria é grande, mas a força de vontade é maior! Acordo todos os dias motivado para mudar a realidade da Bahia e do Brasil. Lutar pela felicidade de um povo que merece muito mais. Esse é o meu grande objetivo, e estar em BrasÃlia, pronto para a luta, é gratificante.â€
Adolfo Viana
“Exercitar a cidadania, promover a qualificação e oportunizar o emprego. Esses são os pilares da melhoria e da qualidade de vida para todos os cidadãos.â€
Lêda Borges
“Governar é escolher e nós escolhemos dar para aqueles que precisam.â€
Bruno Covas
“Hoje, nós já somos em quase 15%, mas precisamos avançar, precisamos ocupar esses espaços. Por quê? Queremos estar à frente dos homens? Não, não é esse o objetivo. Na minha visão, nós precisamos estar ao lado, discutindo polÃticas públicas com igualdade. É isso que nós queremos.â€
Geovania de Sá
“O PSDB tem orgulho de ser um partido de centro, propositalmente distante das posições extremadas e busca estar próximo da média do pensamento polÃtico brasileiro que não gosta dos radicalismos.”
Paulo Abi-Ackel
“ Jamais deixemos de fortalecer nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.â€
Cris Correia
“Enquanto governávamos, o PT resistiu a tudo que impulsionava o Brasil: da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Plano Real, passando pela reforma trabalhista e tributária.
Somos contra o que não ajuda o paÃs a crescer. Nosso foco é sempre no melhor para o Brasil.â€
Marconi Perillo
“Cuidar do meio ambiente e das populações da floresta é um desafio necessário. Não dá para falar em preservação, enquanto as pessoas ainda precisarem do básico para sobreviver. É possÃvel desenvolver com sustentabilidade. E nós somos exemplo disso.â€
Plinio Valerio
“O dia 20 de novembro marca a importância das discussões e ações para combater o racismo e a desigualdade no paÃs. Também refletimos sobre os avanços e os desafios na luta do povo negro na efetivação da igualdade de oportunidades sendo protagonista de sua própria historia. Para isso precisamos ocupar os espaços de poder e decisão, pois não há democracia sem igualdade de oportunidades.â€
Gabriela Cruz
“Não existem salvadores da pátria, muito menos um lado melhor que o outro. Quem deseja o fracasso dos governos esquece que esta dentro do mesmo avia e que o piloto precisa fazer bem o seu trabalho. Que não significa aceitar todas as decisões, afinal, a discordância fortalece a democracia.â€
Daniel Trzeciak
“É importante ouvir as pessoas para entender as necessidades dos cidadãos e propor ações que realmente façam a diferença em suas vidas.â€
Beto Pereira
“Todos nós devemos trabalhar para que o Brasil volte a ser um paÃs tolerante e de respeito à s opiniões e aos poderes.â€
Tasso Jereissati
“O meu modelo de governo prioriza os municÃpios. Porque quando a cidade cresce, o estado cresce junto.â€
Eduardo Riedel