Resistir, a favor do Brasil (Carta 1018)
Publicado em:
Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica, 27 de outubro de 2014, No. 1018
Aécio Neves obteve ontem 51.041.155 votos. Foi o preferido de 48,36% dos brasileiros que foram à s urnas escolher o presidente que governará o Brasil pelos próximos quatro anos. Sai desta eleição como o maior lÃder que a oposição teve desde a eleição de Fernando Henrique Cardoso. A candidatura tucana sagrou-se vencedora em 11 estados – Acre, EspÃrito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo – e no Distrito Federal. Ampliou, portanto, as conquistas do primeiro turno, quando vencera em 10 unidades da Federação. Aécio também foi o mais votado em 2.040 municÃpios brasileiros – 279 a mais que no primeiro turno. Venceu em 7 das 12 cidades com mais de 900 mil eleitores e também superou a presidente reeleita Dilma Rousseff nas cidades grandes (venceu em 46 das 77) e médias (foi o mais votado em 100 das 179). Em todas as dimensões, este foi o melhor desempenho de um candidato tucano desde que o PT venceu as eleições presidenciais pela primeira vez, em 2002. Os expressivos resultados de Aécio se somam à excelente votação do PSDB para o Congresso e à robusta frente de governos estaduais tucanos, com cinco governadores eleitos – quatro dos quais reeleitos. A candidatura tucana chega ao fim desta eleição com nitidez programática e ideológica como há muito não se via. Os eleitores enxergaram em Aécio a liderança que personifica os valores que acreditam, os anseios que alimentam e a mudança que defendem, em favor de um paÃs melhor, mais ético, mais equilibrado e justo. Aécio perdeu a eleição, mas o Brasil ganhou uma liderança como há muito não tinha. Os mais de 50 milhões de brasileiros que o escolheram o queriam no Palácio do Planalto, mas lhe incumbiram de uma missão: comandar a fiscalização ao governo reeleito, resistir aos ataques à democracia e aos preceitos republicamos do PT e impedir novos retrocessos. Aécio e o PSDB saem desta eleição muito maiores do que entraram. Têm um mandato claro delegado pelos milhões de brasileiros que os escolheram: opor-se todos os dias, desde o primeiro dia, ao governo que ora conquistou novo perÃodo de governo. Os brasileiros não desistirão do Brasil. À presidente reeleita, cabe consertar os estragos que impôs ao paÃs nos últimos anos, superar a divisão que estabeleceu entre os brasileiros a fim de novamente triunfar nas urnas e recolocar o Brasil nos trilhos. Para o bem dos brasileiros, resta torcer para que Dilma Rousseff não seja a Dilma Rousseff que conhecemos nos últimos anos e que se mostrou ainda menos digna na campanha eleitoral que ora termina. Refresco, ela não vai ter.