
Que venha 2018
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2017 termina com o Brasil em situa莽茫o bem melhor da que estava quando o ano come莽ou. Ficou para tr谩s a pior recess茫o da hist贸ria, a chaga do desemprego come莽ou a ser superada e uma t茫o importante quanto necess谩ria agenda de reformas conseguiu dar mais alguns passos. Mas a real travessia em dire莽茫o a um pa铆s melhor depende muito do que acontecer谩 em 2018.
脡 bastante relevante que a nossa economia tenha conseguido levantar-se de um buraco de 3,5% negativos e voltado aos trilhos do crescimento, com alta de 1% do PIB neste ano e perspectiva de expans茫o de 2,6% em 2018. Quando 2017 come莽ou os progn贸sticos eram menos otimistas: 0,5% e 2,2%, respectivamente, segundo o Boletim Focus do dia 13 de janeiro.
Entre as na莽玫es relevantes, o Brasil ter谩 a segunda rea莽茫o mais robusta no bi锚nio 2016-2017, superado apenas pela Argentina, onde a agenda reformista de Mauricio Macri deu passo importante nesta semana, com a aprova莽茫o de novas regras para aposentadorias. N茫o 茅 coincid锚ncia: o caminho para supera莽茫o do populismo que vitimou l谩 como c谩 茅 o mesmo.
Entre os avan莽os mais significativos obtidos pelo Brasil neste ano est茫o a queda da infla莽茫o, hoje no menor patamar em 19 anos, e a redu莽茫o da taxa b谩sica de juros para sua m铆nima hist贸rica. Conjugados, ajudaram a recuperar o poder de compra dos sal谩rios e beneficiaram sobretudo as fam铆lias mais pobres.
Falta vencer o desemprego-monstro legado pela desastrosa pol铆tica econ么mica patrocinada por Lula e Dilma. Depois de atingir seu 谩pice em meados do primeiro semestre, a taxa felizmente vem recuando. Mas ainda resta muito: apesar das 302 mil vagas geradas no mercado formal desde janeiro, ainda existem 12,7 milh玫es de brasileiros desocupados, de acordo com a Pnad. Este 茅 o maior desafio do pa铆s.
Houve avan莽os menos tang铆veis em 2017, mas nem por isso menos importantes. Alguns nichos do governo Michel Temer 鈥 como a equipe econ么mica 鈥 dedicaram tempo e energia para preparar diagn贸sticos mais precisos sobre o atraso que o pa铆s tem que enfrentar e superar. O pa铆s viu-se melhor refletido no espelho e a alquimia fiscal deu lugar ao realismo.
No entanto, o pragmatismo na pol铆tica acabou cobrando seu pre莽o e sabotando iniciativas fundamentais para o pa铆s. A agenda de reformas precisa avan莽ar muito mais e o rigor com as contas p煤blicas exige intransig锚ncia maior no enfrentamento de quistos de resist锚ncia e corporativismo incrustados no Estado nacional. O governo n茫o teve for莽a suficiente para arrost谩-los.
Mas o destino da na莽茫o ser谩 efetivamente jogado no ano que vem. No reencontro com as urnas, depois do trauma de uma elei莽茫o em que a vit贸ria petista deu-se eivada de il铆citos, o pa铆s definir谩 n茫o apenas o governo dos pr贸ximos quatro anos, mas o futuro de uma gera莽茫o.
O Brasil est谩 no fio da navalha. Precisa persistir e aprofundar o caminho reformista, liberal e modernizante que apenas tangenciou nestes 煤ltimos 19 meses. Precisa evitar o abismo e o retrocesso que o triunfo de candidaturas populistas, demag贸gicas e corruptas pode descortinar.
Se incorrermos numa escolha errada, a d茅cada que j谩 perdemos ser谩 multiplicada v谩rias vezes, enterrando de vez as perspectivas de milh玫es de brasileiros. A miss茫o 茅 vencer o atraso. Que venha 2018.
– Carta de Formula莽茫o e Mobiliza莽茫o Pol铆tica N.潞 1722
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