Parabéns, Dilma!

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Há um ano, a petista conquistava mais um mandato. Desde então, protagonizou o maior estelionato eleitoral da história e fez, cotidianamente, tudo ao contrário do que prometera

Carta de Formulação e Mobilização Política, 26 de outubro de 2015, Nº 1247

Um ano atrás, Dilma Rousseff conquistou nas urnas o direito de continuar governando os brasileiros por mais um mandato. O período desde então marca a maior traição eleitoral que se tem notícia no país. Tudo aconteceu ao contrário do que ela prometera na campanha. O Brasil que ela vendeu aos eleitores não existia. A máscara começou a cair exatos três dias depois da vitória petista, quando o Banco Central decidiu aumentar a taxa básica de juros que Dilma mantivera congelada durante todo o período eleitoral. Desde então, foram sete altas seguidas, dobrando o índice até torná-lo o maior do mundo. Daí em diante foi uma enxurrada de más notícias. Os brasileiros foram submetidos a um tarifaço que elevou em cerca de 60% as tarifas de energia – outro alvo da manipulação da presidente durante o primeiro mandato – e a dois aumentos dos combustíveis, congelados por anos para tentar segurar a inflação. A carestia é um capítulo à parte no estelionato eleitoral deste último ano. Nos palanques, Dilma dizia que seu governo não descuidara nem descuidaria da inflação, mantida, segundo ela, “dentro dos limites do regime de metasâ€, conforme escreveu num artigo na Folha de S.Paulo no dia do segundo turno. A verdade é que os preços explodiram, a taxa média aumentou 50%, para alcançar os maiores patamares em mais de 13 anos. Para complicar, diante do quadro de desarranjo macroeconômico em que Dilma mergulhou o país, a autoridade monetária não consegue sequer antever quando a inflação voltará para a meta. Não há horizontes. Este último ano também foi pródigo em demonstrar como Dilma, de fato, foi capaz de “fazer o diabo†para obter a reeleição. Estão fartamente documentadas, principalmente pelo avanço da Operação Lava Jato, as operações fraudulentas com dinheiro sujo desviado da Petrobras e outras estatais que irrigaram a nababesca campanha petista em 2014. Também estão comprovados – desta feita pelo trabalho do TCU – os crimes de responsabilidade cometidos pela presidente no trato das contas públicas. As pedaladas fiscais – que, ao contrário do que diz o PT, beneficiaram mesmo os mais ricos e não os mais pobres, como mostra reportagem da Folha de hoje – e as manipulações do Orçamento da União aguardam agora o veredito do Congresso, podendo dar margem a um processo de impeachment. Este vistoso conjunto da obra confere a Dilma o título de maior engodo da vida republicana do país, algo que os brasileiros já vêm lhe concedendo ao tornar a petista a presidente mais rejeitada da nossa história. A presidente da República não tem o que comemorar nesta data. A população tampouco. Em apenas um ano, o desastre que ela produziu é quase inigualável.

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