
Não dá para competir (Carta 1149)
Publicado em:
Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica, 28 de maio de 2015, No. 1149
É mais que sabido que é falso o argumento do governo petista segundo o qual o Brasil vai mal porque o mundo inteiro vai mal. Sempre que é publicado algum ranking global fica ainda mais evidente o enorme atraso do paÃs em relação a seus concorrentes. O problema está aqui dentro e tem piorado nos últimos anos. Ontem foi divulgado um dos dois mais respeitados rankings sobre a competividade no mundo, produzido pelo IMD (International Institute for Management Development) – o outro sai em setembro, publicado pelo Fórum Econômico Mundial. O Brasil aparece muito mal na lista da instituição suÃça: é apenas o 56° entre 61 nações. O ranking é feito desde 1989 e nunca antes o paÃs esteve num nÃvel tão baixo. O Brasil perdeu posições pelo quinto ano consecutivo, e agora aparece à frente apenas de Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela – economias conflagradas por conflitos ou em processo de desestruturação interna. Desde 2010 o paÃs só tem feito cair no ranking do IMD. Já são 18 posições, a maior queda registrada no perÃodo entre todos os paÃses que compõem a lista da instituição sediada na SuÃça. Cinco anos atrás, o Brasil era a 38ª nação mais competitiva do mundo; desde então, despencou. De acordo com o IMD, o Brasil tem seu pior desempenho no indicador referente à eficiência de governo, que abrange impactos do ambiente polÃtico, institucional e regulatório sobre a competitividade de cada paÃs. Desde 2011, o paÃs está entre os cinco piores do mundo neste quesito; agora foi ao fundo do poço, à frente apenas da Argentina. No item subornos e corrupção, o Brasil não perde para ninguém na lista deste ano e aparece “vergonhosamenteâ€, segundo o IMD, na última posição do ranking. Em todos os indicadores, incluindo produtividade, eficiência e infraestrutura, o Brasil está sempre entre os dez piores do mundo. As constatações do ranking suÃço – que avalia cerca de 300 indicadores, dos quais 2/3 baseados em estatÃsticas e o restante em pesquisa feita junto a mais de 6 mil executivos em todo o mundo – são bastante aderentes ao sentimento presente hoje entre os brasileiros. A desilusão com o paÃs é a maior desde o advento do Plano Real, mostra pesquisa realizada pelo Ibope e divulgado hoje por O Estado de S. Paulo. Nada menos que 48% dos brasileiros se consideram pessimistas ou muito pessimistas com o futuro do paÃs. É o maior Ãndice de desalento em 22 anos. Sob o PT, o paÃs tornou-se um dos piores lugares do mundo para se fazer negócio, comprometendo a geração de empregos e renda. Sob o governo do PT, o Brasil tornou-se um paÃs com o presente comprometido e um futuro incerto.
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