Na garupa da propina

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As investigações sobre a corrupção praticadas pelos governos do PT já são suficientes para escalar uma equipe ministerial dedicada ao crime 

Com a prisão de Paulo Bernardo e o envolvimento de Carlos Gabas, as investigações sobre a corrupção praticadas pelos governos do PT já são suficientes para praticamente escalar um ministério inteiro do crime. As falcatruas se espalharam por todas as áreas da administração pública nas gestões de Lula e Dilma.

A Polícia Federal prendeu ontem o ministro que cuidou do planejamento e das comunicações nos governos petistas – além de ter uma ficha corrida de serviços prestados ao partido nos estados. Também arrolou o ex-ministro da Previdência e Aviação Civil de Dilma Rousseff. E incluiu, ainda, no rol de detidos o terceiro tesoureiro do PT flagrado na roubalheira e o secretário escalado pelo prefeito Fernando Haddad para cuidar da gestão do município de São Paulo. Precisa mais?

Nove ex-ministros de Dilma estão devendo para a Justiça, entre eles Gabas, amigão com quem a presidente afastada costumava dar rolezinhos por Brasília aboletada na garupa de uma moto Harley-Davidson, devidamente apreendida ontem como mais um fruto da corrupção. Se computarmos os ministros de Lula que estão na mesma situação ou já gramaram algum tempo atrás das grades, seria preciso fazer concurso para ver quem teria assento nesta espécie de Esplanada dos Ministérios do pixuleco…

Desta vez, a turma é acusada de desviar R$ 100 milhões do bolso de servidores públicos federais, por meio de contratos de empréstimos consignados. Vale lembrar que estas operações financeiras, que explodiram nos anos petistas, estão na raiz dos casos desde a eclosão do mensalão: banco com maior performance na área, o BMG adernou junto com o escândalo, em meio a contratos de empréstimos de mentirinha firmados com o PT.

Com o avanço das investigações, fica cada vez mais claro, se é que ainda havia dúvida, que a causa petista nunca foram os trabalhadores ou a população mais pobre, mas sim encher os bolsos da companheirada. No esquema desbaratado agora pela Operação Custo Brasil, os cofres do partido eram irrigados com nada menos de 70% de taxas cobradas de servidores públicos. É o PT gulosão.

Com o envolvimento também de Paulo Ferreira, todos os tesoureiros do PT desde que o partido ascendeu ao poder ou foram presos, ou foram condenados ou estão sob investigação. Da mesma forma com os tesoureiros das campanhas de Dilma e Lula. É ou não é uma organização inteirinha dedicada ao crime?

As ações deflagradas ontem em quatro estados – incluindo a sede nacional do PT – para apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e formação de organização criminosa sepultam as fantasias de quem diz que o novo governo assumiu tendo como missão barrar as investigações. Elas estão mais fortes do que nunca. Até porque não dá para deixar nenhuma cabeça desta cobra impune.

– Carta de Formulação e Mobilização Política N. 1390

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