Mais um Pibizinho

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A economia voltou a cair no terceiro trimestre. O pa铆s produz cada vez menos, investe cada vez menos, poupa cada vez menos. N茫o h谩 luz no fim do t煤nel desta recess茫o

Carta de Formula莽茫o e Mobiliza莽茫o Pol铆tica, 01 de dezembro de 2015, N潞 1271

Aconteceu de novo: o PIB brasileiro caiu pelo terceiro trimestre consecutivo e, mais uma vez, acima das previs玫es. O pa铆s produz cada vez menos, investe cada vez menos, poupa cada vez menos. As expectativas s茫o as piores poss铆veis e o des芒nimo contamina a todos. N茫o h谩 luz no fim do t煤nel desta recess茫o.Os resultados da economia brasileira no terceiro trimestre foram divulgados nesta manh茫 pelo聽IBGE. Em rela莽茫o ao trimestre anterior, a queda foi de 1,7%. No cotejo com o terceiro trimestre de 2014, o tombo foi de 4,5%. Note-se que, em ambos os casos, as compara莽玫es j谩 partem de bases deprimid铆ssimas, ou seja, 茅 o fundo do fundo do po莽o. No ano, a queda acumulada em nove meses chega a 3,2%.

Ind煤stria e investimentos tiveram os piores resultados, com queda de 6,7% e 15%, respectivamente, em rela莽茫o ao mesmo trimestre de 2014. Tradu莽茫o direta: uma economia que n茫o conta com seu setor mais din芒mico e sem produ莽茫o de m谩quinas e equipamentos n茫o tem futuro. Todos os demais setores – exceto consumo do governo – tamb茅m encolheram.

H谩 s茅ria chance de o PIB brasileiro cair dois anos seguidos, depois de ter ficado estacionado em 2014. Ser谩 a primeira vez desde 1931 que isso acontecer谩. As previs玫es j谩 oscilam em torno de uma baixa acumulada pr贸xima de 6% no bi锚nio. O PIB per capita vai continuar caindo, empobrecendo ainda mais os brasileiros: a previs茫o 茅 de que cheguemos a 2020 retrocedendo ao mesmo n铆vel de 2010.

No trimestre anterior, em todo o mundo s贸 R煤ssia, Belarus e Ucr芒nia haviam se sa铆do pior que o Brasil. Agora, s贸 nos restou o consolo de estarmos melhor que os ucranianos, atolados em conflitos internos (l谩 a queda do PIB chegou a 7%).

A retra莽茫o na economia atual j谩 茅 a mais longa desde a crise experimentada pelo pa铆s entre meados de 1989 e in铆cio de 1992, ou seja, o t茅trico per铆odo em que o Brasil teve Jos茅 Sarney e Fernando Collor de Mello como presidentes. O Brasil est谩 oficialmente em recess茫o desde o segundo trimestre de 2014.

A previs茫o 茅 de que nada melhore – na hip贸tese mais benigna – at茅 o meio de 2016. Daqui at茅 l谩, a economia vai continuar encolhendo. Daqui at茅 l谩, mais 3 milh玫es de trabalhadores ser茫o postos na rua, engrossando o ex茅rcito que hoje j谩 soma 9 milh玫es de pessoas. Juros e infla莽茫o tamb茅m tendem a subir mais.O Brasil n茫o enfrenta nenhuma adversidade externa que justifique a decad锚ncia econ么mica interna. Tampouco se depara com desastres naturais ou adversidades clim谩ticas extremas. Mas tem um governo que 茅 capaz de produzir hecatombes muito mais poderosas como fonte de ru铆na. Nossos infort煤nios n茫o s茫o o pa铆s, muito menos seu povo. O nosso real problema 茅 um governo que n茫o est谩 脿 altura do Brasil.

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