
Loucuras com o dinheiro público (Carta 1074)
Publicado em:
Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica, 03 de fevereiro de 2015, No. 1074
O governo petista promoveu uma verdadeira farra do boi no ano passado com recursos públicos. O meu, o seu, o nosso dinheirinho foi usado e abusado para reeleger a presidente Dilma Rousseff. O exame dos resultados fiscais revela o tamanho da loucura e da irresponsabilidade. Comecemos pelo aumento astronômico da dÃvida bruta do governo, melhor parâmetro para indicar a saúde financeira de um paÃs. Em apenas um ano, a alta foi de 6,7% do PIB. O percentual, porém, diz menos que a cifra correspondente: a dÃvida cresceu incrÃveis R$ 504,4 bilhões em apenas 12 meses. Não é assustador? Considerando os quatro anos do primeiro mandato, a dÃvida bruta saiu de 53,4% para 63,4% do PIB. Em termos nominais, subiu R$ 1,24 trilhão. A questão que fica é: onde foi parar toda esta dinheirama? A escalada não deve parar aÃ: segundo o próprio governo, a relação entre dÃvida bruta e PIB deve subir para 65,2% até o fim deste ano, em função de um monte de esqueletos fiscais que estão sendo tirados dos armários onde foram guardados pela contabilidade criativa de Dilma e seus economistas de segunda linha. As contas públicas fecharam o ano passado no vermelho, pela primeira vez desde que o paÃs passou a adotar regras mais rÃgidas de responsabilidade fiscal. Com isso, o déficit nominal atingiu 6,7% do PIB. A maior parte do rombo deve-se a dinheiro gasto para pagamento de juros: em apenas um ano, foram R$ 311,4 bilhões, o maior valor da história. Só com desonerações tributárias, o governo abriu mão de R$ 104 bilhões. A medida seria até bem-vinda num paÃs de carga tributária recorde. Mas ninguém sabe, ninguém viu aonde foram parar estes benefÃcios, já que nem mais emprego nem mais renda produziram. Tudo no desempenho fiscal da petista nos últimos anos é de amargar. Há R$ 226 bilhões lançados em restos a pagar no Orçamento da União para este ano. Ou seja, é como se houvesse um orçamento para o ano e outro vagando paralelo na estratosfera. Contas assim não fecham nunca. Este verdadeiro descalabro administrativo e financeiro teve sua razão de ser: o governo abriu as torneiras dos gastos públicos para manter artificialmente polÃticas e programas destinados a gerar dividendos eleitorais na campanha pela reeleição de Dilma. A recessão de agora paga a gastança de outrora. É assim que governa o PT. É preciso dar um basta a isso e começar a impor limites mais rÃgidos ao gasto público e ao endividamento do governo. A propaganda oficial pode até querer convencer a população de que ela sai ganhando quando a despesa aumenta. Mas no fim das contas é o contrário: o que sobra para o cidadão é a conta, e cada vez mais salgada.
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