
Fora da ordem mundial
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Num ambiente global provavelmente mais hostil, ser谩 preciso acelerar acordos comerciais bilaterais e deixar de lado, de uma vez por todas, a inclina莽茫o terceiro-mundista
脡 imposs铆vel, ao menos por ora, saber exatamente como, mas 茅 absolutamente certo que o mundo n茫o ser谩 mais o mesmo a partir de hoje, depois da posse do 45掳 presidente norte-americano. A ascens茫o de Donald Trump coloca uma interroga莽茫o sobre o futuro das rela莽玫es econ么micas, pol铆ticas e sociais no planeta, e um desafio ao Brasil em particular.
O principal temor 茅 de que prevale莽a a agenda protecionista e populista que est谩 na raiz da elei莽茫o do republicano, considerado o primeiro n茫o pol铆tico a chegar 脿 Casa Branca. Assusta tamb茅m a belicosidade de Trump e sua recusa –聽expressa inclusive nas escolhas de sua equipe de governo –聽em aceitar evid锚ncias clamorosas como o aquecimento global.
Naquilo que alude ao Brasil, o risco 茅 de sermos tratados como mero tra莽o.
Ao longo da campanha que levou o republicano ao cargo mais importante do concerto das na莽玫es, o Brasil figurou apenas de maneira aned贸tica, em decorr锚ncia de uma famigerada palestra ministrada por Hillary Clinton sob o patroc铆nio de um dos nossos principais bancos privados. Noves fora isso, nada.
Em termos geopol铆ticos, as aten莽玫es do novo presidente parecem se voltar predominantemente, e com pencas de raz茫o, para a 脕sia e seus novos ricos e para o Oriente M茅dio e seus velhos conflitos. Ao sul dos EUA, para al茅m do M茅xico e de seus neg贸cios particulares, Trump mal lan莽a olhares –聽pelo menos assim foi at茅 agora.
脡 um desafio para a nova, e ativa, diplomacia brasileira recuperar alguma import芒ncia para o pa铆s perante seu mais tradicional parceiro comercial –聽e que nos 煤ltimos tempos vem perdendo tal condi莽茫o para a China. No ritmo da acanhada pol铆tica externa petista da 煤ltima d茅cada, os espa莽os para os produtos made in Brazil nos EUA foram se estreitando, at茅 a quase irrelev芒ncia.
As exporta莽玫es brasileiras para os EUA est茫o atualmente em seu mais baixo patamar desde 2011, per铆odo ao longo do qual acumulam queda de 10,3%, de acordo com estat铆sticas de com茅rcio exterior do聽MDIC. Em 2015 (煤ltimo ano com dados consolidados), as vendas nacionais representaram apenas 0,87% do que os norte-americanos importaram, segundo o聽United States Census Bureau.
A nova geopol铆tica que emergir谩 da ascens茫o de Trump ao comando da mais potente na莽茫o do mundo exigir谩 nova postura do governo brasileiro –聽n茫o apenas do atual, mas tamb茅m do que lhe聽suceder谩 daqui a dois anos. 脡 o momento de voltar-se novamente para o mundo e n茫o ensimesmar-se como aconteceu na 煤ltima d茅cada.
O Brasil precisa engatar-se numa agenda de maior integra莽茫o global, para o que o suposto protecionismo de Donald Trump nada vai聽colaborar. Num ambiente provavelmente mais hostil, ser谩 preciso acelerar acordos comerciais bilaterais, como o que se vislumbra com a Uni茫o Europeia, e deixar de lado, de uma vez por todas, a inclina莽茫o terceiro-mundista com que o PT conduziu o pa铆s de volta ao passado.
– Carta de Formula莽茫o e Mobiliza莽茫o Pol铆tica N.潞 1508
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