Choque elétrico: foi Dilma quem fez (Carta 1091)
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Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica, 03 de março de 2015, No. 1091
Como se não bastasse a dureza que está a vida no paÃs, os brasileiros tomarão um choque quando receberem a conta de luz deste mês. O tarifaço de energia vai doer fundo no bolso, afetar o conforto das famÃlias e tornar a produção nacional ainda mais difÃcil. Foi Dilma quem fez. O tarifaço é da lavra exclusiva da presidente da República, gestado, item por item, desde que ela ocupou o Ministério de Minas e Energia no governo Lula. Desde 2004, Dilma Rousseff pôs-se a reformar o modelo elétrico nacional, sob a égide da “modicidade tarifáriaâ€. Dez anos depois, o resultado está à vista: uma das energias mais cara do mundo e o risco de racionamento no horizonte. O principal lance do genial modelo de Dilma foi a redução, na marra, das tarifas a partir da medida provisória n° 579, baixada em setembro de 2012. Em rede nacional de rádio e TV, a presidente assegurou “a mais forte redução de tarifa elétrica já vista neste paÃsâ€. Quando a MP virou lei, em janeiro de 2013, a petista dobrou a aposta: “Com a redução de tarifas, o Brasil passa a viver uma situação especial no setor elétrico, ao mesmo tempo baixando o custo da energia e aumentando sua produção elétricaâ€. Pois bem: a redução observada em 2013 foi totalmente anulada pela alta de 17% verificada no ano passado. E agora os consumidores poderão ver suas contas de luz aumentar até 70% neste ano, conforme cálculos publicados por O Globo em fevereiro. O aumento começou neste mês, com alta média de 23%. O impacto do tarifaço sobre a nossa economia também é chocante. Segundo a Firjan, o Brasil tem hoje a sexta mais cara energia do planeta. Até o fim de 2016, o custo das indústrias com o insumo poderá acumular aumento de 87% desde 2014 e de 48% desde antes de Dilma resolver balançar o setor, em 2013. Quem consegue competir assim? A lambança elétrica já custou R$ 114 bilhões, segundo cálculos do CBIE. As concessionárias vivem grave crise e obras importantes, em especial as da Amazônia, estão atrasadas, causando prejuÃzos estimados em R$ 65 bilhões. Para evitar o racionamento, pouco resta, além de rezar para São Pedro. Tudo indica que, ao final deste mês, os reservatórios não atingirão o volume mÃnimo de água definido como suficiente para evitar os cortes. Mas o governo já ensaia um jeito de driblar a norma, embrenhando o paÃs em mais um ano de riscos. O tarifaço é o exemplo mais eloquente da inépcia de Dilma Rousseff para governar e da irresponsabilidade dos governos do PT para com o paÃs. Daqui a pouco só restará à s indústrias fechar as portas e aos brasileiros o banho frio e o escuro…