
A Petrobras em declÃnio (Carta 1015)
Publicado em:
Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica, 22 de outubro de 2014, No. 1015
A Petrobras, nossa maior empresa e uma das companhias mais importantes para o desenvolvimento do paÃs, encontra-se hoje numa situação deplorável. São a enxurrada de escândalos, as perdas persistentes de valor, a produção que não reage, os investimentos que não acontecem na proporção necessária. Ontem foi a vez de a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar a nota de crédito da estatal, e manter a perspectiva negativa para a companhia. Em comunicado, informou que a decisão se justifica pelo alto grau de endividamento da empresa, situação que só deve se reverter “bem depois de 2016â€, ao contrário das previsões oficiais. Desde 2010, a dÃvida total da Petrobras quase triplicou e a dÃvida lÃquida quase quadruplicou, segundo levantamento feito pelo blog Achados Econômicos. A estatal é hoje a empresa mais endividada do mundo. Embora a dÃvida tenha crescido, a produção não aumentou. Pelo contrário: a Petrobras viu a quantidade de barris que extrai cair duas vezes seguidas nos últimos dois anos – o que não acontecia desde o governo Sarney. Desde o começo da gestão Dilma, a companhia já perdeu cerca de 60% do seu valor de mercado em dólares. Mas os problemas vão muito além de uma deterioração das condições financeiras. Há também os orçamentos estourados, os prazos nunca cumpridos. Obras sob responsabilidade da Petrobras estão na lista de irregularidades do TCU: a compra da refinaria de Pasadena, a construção de Abreu e Lima em Pernambuco e o Comperj. Infelizmente, a Petrobras virou fonte de notÃcias ruins nos últimos anos. Investimentos mal orientados, loteamento de cargos e controle de preços de combustÃveis minaram a rentabilidade da empresa. Tudo isso envolto em muita corrupção. Os danos impostos à companhia são parte da herança lastimável deixada pelo governo do PT. Das páginas de negócios, a Petrobras foi parar nas páginas de polÃcia, levada pelo PT. Em depoimento à Justiça Federal, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, disse que 3% do valor dos contratos fechados na diretoria de Abastecimento era usado para pagar propinas. Deste valor, dois terços ficariam com o PT. Durante todo este perÃodo, Dilma Rousseff comandou a companhia. Seja como ministra de Minas e Energia ou da Casa Civil, seja como presidente do Conselho de Administração ou como presidente da República. A debacle da empresa é o retrato da qualidade da gestão da candidata à reeleição. A Petrobras é empresa importante para o desenvolvimento econômico e social do paÃs. Seu corpo de funcionários é da maior qualidade. Este é um ativo que foi dilapidado pelos petistas nos últimos anos. Chegou a hora de recuperar a empresa e torná-la novamente um orgulho dos brasileiros.
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