A Petrobras Apruma

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Símbolo da roubalheira e da ineficiência petista, a estatal volta a ser administrada para dar retorno a acionistas e à sociedade, e não como butim a ser distribuído a políticos corruptos

A Petrobras sintetiza a mudança de ares por que passa o país. Símbolo do maior escândalo de corrupção da história brasileira, convertida em caixa para financiar o projeto de poder petista, a estatal volta a respirar e a ter papel relevante na economia nacional, agora sob direção responsável e comprometida com resultados.

No primeiro trimestre deste ano, a companhia voltou ao azul. O lucro foi de R$ 4,4 bilhões, o melhor desempenho em dois anos, conforme divulgado na semana passada. Os bons resultados se refletem na valorização da empresa: em um ano, o valor de mercado da Petrobras aumentou 43%.

A Petrobras voltou a ser administrada como empresa e não como butim para satisfazer políticos corruptos. Está cortando fortemente gastos (queda de mais de 20% no trimestre, com corte de 17% no efetivo), focando no aumento da produção (cujas metas nunca eram atingidas no tempo do PT), vendendo mais para o exterior e se livrando de ativos que não trazem ganhos. Investe no que dá retorno, para o acionista e para a sociedade.

Nos anos de malversação, a companhia foi levada a se endividar para fazer frente a uma carteira de negócios ruinosos, emular a fantasia do Brasil Grande e suportar a sangria causada pela corrupção. Tornou-se a empresa que mais devia no mundo. A dívida mantém-se alta, embora em queda, de 18% em um ano.

A nova gestão implementa arrojado plano de lipoaspiração na companhia, de modo a se livrar de maus investimentos acumulados na época petista. Já foram alienados R$ 13,6 bilhões. Outros R$ 21 bilhões estão previstos para até 2018 – a empresa acaba de redefinir os procedimentos de oferta para torná-los mais transparentes, como exigido pelo TCU.

Os novos ares também estão permitindo à Petrobras acesso mais barato a fontes de recursos no mercado, como indicação de confiança nos rumos profissionais sob os quais é agora gerida. Nesta semana, a estatal captou US$ 4 bilhões, pagando taxas de juros substancialmente menores do que pagava um ano atrás.

Mudanças regulatórias também ajudam a aliviar o fardo sobre a Petrobras. Em especial, as decorrentes de lei, de autoria do senador José Serra, que retira a obrigatoriedade de participação da empresa em todos os leilões do pré-sal, conforme dispunha a megalomania petista. A Petrobras também deixou de ser o esteio do represamento da inflação, agora praticando para os combustíveis que vende preços alinhados ao mercado.

No entanto, a amarga experiência sob o jugo petista – para ser aprendida e nunca mais repetida – deixa um legado bilionário de perdas de quase R$ 114 bilhões em negócios mal feitos e corrupção. Também fica um rastro de obras inacabadas e deficitárias, como o Comperj no Rio, a Abreu e Lima em Pernambuco e a refinaria de Pasadena, no Texas. Vai demorar mais um tempo até que consiga se livrar de todo o peso desta carga.

– Carta de Formulação e Mobilização Política Nº 1585

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