
A Derrocada da Inflação
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Depois de mais de uma década flertando com o caos, Ãndices de preços no paÃs voltam a ficar comportados e abrem oportunidade para metas menores e juros mais baixos
Depois de anos flertando com o caos, finalmente a inflação brasileira caminha de volta para patamares civilizados. O Ãndice deve fechar na meta – ou até abaixo dela – neste ano e o paÃs deve passar a perseguir alvos mais ambiciosos a partir de 2019. Trata-se de uma das vitórias mais relevantes desde que o Brasil se viu livre do PT.
A inflação brasileira encontra-se hoje em praticamente um terço do que era quando Dilma Rousseff foi defenestrada do governo. Desde maio do ano passado, o IPCA baixou de 9,3% em 12 meses para 3,6%. A perspectiva é de que encerre 2017 neste mesmo patamar, de acordo com as previsões colhidas pelo Banco Central (BC) junto ao mercado.
Recorde-se que, enquanto Dilma mandava no paÃs, o estouro da inflação era um dos principais temores dos agentes econômicos. Afinal, combater a carestia nunca foi o forte da ex-presidente. A petista se lixava tanto para a solvência e a solidez das contas públicas quanto para a alta geral de preços que por anos corroeu o salário dos trabalhadores brasileiros.
A simples mudança de ares, com a troca de governo, já foi capaz de levar alento à polÃtica de combate à inflação. Completada pela sinalização inequÃvoca do Banco Central de que não iria compactuar com a continuidade da alta, como por anos fora a tônica sob o PT, revelou-se capaz de frear o Ãmpeto dos preços.
Não se pode negar que, além da polÃtica monetária, a recessão tem sua parcela de responsabilidade na derrocada. Menos emprego e menos salário são iguais a menos consumo e, portanto, menos pressão inflacionária. É este fator que explica a perspectiva presente de o paÃs apresentar deflação quando forem conhecidos os Ãndices deste mês de junho. Se confirmada, será a primeira em 11 anos.
Tal situação permitiu que o Copom (Comitê de PolÃtica Monetária) do BC passasse a vislumbrar oportunidade de cortar um naco a mais na inflação estrutural brasileira, baixando a meta a ser perseguida pela polÃtica de juros a partir de 2019.
Depois de 14 anos, o alvo da polÃtica monetária a cargo do BC passará a ser 4,25% ao ano, levemente abaixo dos 4,5% vigentes desde 2005 e só atingidos em três ocasiões ao longo desse perÃodo. A decisão deverá ser sacramentada na próxima semana. Vale registrar que, ainda assim, o Brasil ainda conviverá com nÃveis altos de inflação, se comparados a outras economias. Segundo o Credit Suisse, a meta média nos paÃses desenvolvidos é de 2,2%, na América Latina, de 3% e nos emergentes, de 4%.
A queda consistente da inflação brasileira abre espaço para outro movimento estrutural correlato: a baixa da taxa básica de juros. As reduções começaram em outubro do ano passado e só não se acentuaram no mês passado porque a crise polÃtica golpeou o processo. Há, contudo, condições objetivas para sua continuidade. Será mais uma vitória relevante do paÃs depois que nos livramos do PT.
– Carta de Formulação e Mobilização PolÃtica Nº 1609
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