
Estão na moda os "fatos alternativos", expressão da sra. Conway para descrever sua versão sobre número de espectadores na cerimônia de posse de seu chefe, o presidente Trump.
Os fatos alternativos abundam no debate da reforma da Previdência. Mas primeiro os fatos, sem adjetivo.
O INSS (aposentadoria dos trabalhadores do setor privado) e grande parte da previdência dos servidores públicos se financiam por repartição. As contribuições de empresas e trabalhadores na ativa financiam os benefícios dos inativos (aposentados e pensionistas).
O resultado financeiro é a diferença entre contribuições e benefícios. É deficit o nome que se dá ao resultado financeiro quando os benefícios são maiores que as contribuições.
Em 2016, as contribuições de servidores públicos, trabalhadores privados e empresas ficaram R$ 264 bilhões aquém do que o governo gastou com pensões e aposentadorias. Em outras palavras: houve deficit de R$ 264 bilhões. Tanto a aposentadoria dos servidores como a dos trabalhadores do setor privado são deficitárias. Em ambos os casos, o resultado financeiro piora a cada ano desde pelo menos 2012.
Leia a ÍNTEGRA DO ARTIGO, publicado na "Folha de S.Paulo", em 04/03/2017