Veja as palestras do seminário ‘Repensando as Cidades’ sobre economia criativa

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Com cerca de 200 participantes, o seminário Repensando as Cidades – Economia Criativa como Estratégia de Crescimento reuniu em julho quatro especialistas no assunto: três do Brasil e um da Espanha. As economistas e consultoras Lídia Goldenstein e Ana Carla Fonseca, o diretor executivo da Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries) Guilherme Cavalcanti e o gestor de projetos e consultor Jordi Pardo, de Barcelona, levaram ao evento promovido pelo Instituto Teotônio Vilela não só dados do potencial que a economia criativa tem para promover o desenvolvimento como apresentaram exemplos de projetos bem-sucedidos tanto para grandes metrópoles como para cidades de pequeno e médio porte.

Para quem não pôde acompanhar a transmissão ao vivo ou estar presente no seminário ocorrido em São Paulo, o Portal do ITV preparou uma edição especial das quatro palestras apresentadas pelos experts em economia criativa, para que tanto os candidatos do PSDB nestas eleições municipais quanto os militantes do partido e demais interessados no assunto possam ter condições de identificar oportunidades e propor soluções para que suas cidades também se tornem exemplos de inovação, crescimento e criatividade. Veja os vídeos abaixo e compartilhe com seus amigos e apoiadores!

Lídia Goldenstein
A economista e consultora Lídia Goldenstein também foi a curadora do seminário do ITV. Nessa palestra, a especialista explica o acelerado processo de transformação promovido pela globalização e pela revolução tecnológica. Quer um exemplo? Enquanto os telefones públicos levaram 57 anos para serem disseminados por todo o Brasil, o sistema de Wi-Fi para acesso à internet levou apenas 8 meses. O mesmo ocorreu com os smartphones, disseminados dez vezes mais rapidamente que os computadores pessoais. Lídia Goldenstein também mostra como um gestor pode estimular a inovação sem precisar de grandes orçamentos.

Jordi Pardo

O consultor Jordi Pardo atuou em alguns dos principais projetos urbanísticos e culturais de Barcelona, que se tornou modelo após os Jogos Olímpicos de 1992. Para o espanhol, mais importante que os investimentos públicos e privados feitos para o sucesso do evento foi a forma combinada como governo e sociedade abraçaram o projeto e atuaram em parceria. Sem o apoio da população, explicou Jordi Pardo, não haveria como obter os mesmos resultados. O consultor e gestor de projetos destacou o quanto é importante a reconquista do espaço público para se estimular a renovação de uma região e novos segmentos de negócios ligados à economia criativa. Jordi Pardo também mostrou na palestra um dos projetos em curso em Barcelona: a transformação de um grande distrito industrial em um polo de inovação chamado 22@.

 

Ana Carla Fonseca

A economista e consultora Ana Carla Fonseca apresentou uma série de projetos bem-sucedidos no Brasil e em outros países, em cidades dos mais variados portes, que reúnem características essenciais da economia criativa. Ela lembrou que, com as atuais ferramentas tecnológicas, qualquer lugar é um potencial local de trabalho, seja um moderno escritório, uma moderna indústria ou a mesa de uma padaria ou de um café. Ana Carla Fonseca também explicou que os gestores públicos devem identificar os principais problemas de suas cidades e buscar soluções próprias e inovadoras, e não necessariamente grandes e custosos projetos urbanísticos. Um bom diagnóstico da realidade do município é o ponto de partida para o sucesso de uma política que procure incentivar a economia criativa local.

 

Guilherme Cavalcanti

O Porto Digital é um dos casos mais bem-sucedidos no Brasil de estímulo à inovação, à tecnologia e a outros setores ligados à economia criativa. Para o administrador e diretor executivo da Aries Guilherme Cavalcanti, o projeto do Recife só deu certo por causa do amor e do engajamento da população da cidade na iniciativa. As cidades precisam ser afetivas antes de serem tecnológicas, nas palavras do especialista. Hoje o Porto Digital não só deu uma nova cara para uma das áreas mais antigas da capital pernambucana como se tornou polo de atração de startups, empresas de mídia e produção de conteúdo e desenvolvedores de aplicativos e novas ferramentas tecnológicas.

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