O começo das reformas

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Congresso começa a enterrar o longo período no qual o discurso de defesa do povo, no qual a gastança e a Petrobras tiveram destaque, só serviu para encobrir roubalheiras

O país tem uma intensa agenda de desafios a superar pela frente, a fim de que possamos começar a deixar para trás a herança de destruição que o PT legou aos brasileiros. Será uma longa travessia, mas é preciso enfrentá-la, já. O novo tempo das reformas está apenas iniciando.
Nesta semana, vai a voto na Câmara a proposta de emenda constitucional que disciplina as despesas do governo, que simplesmente deixaram de exibir qualquer traço de razoabilidade nos últimos anos, sob o irresponsável patrocínio da ex-presidente e de seu partido.

Há ampla convergência das forças políticas realmente comprometidas com a recuperação do país em aprová-la, como já ficou claro na tramitação inicial do texto na semana passada. Em plenário, a partir de hoje, este apoio deve se repetir.

Mas a agenda de reformas do país vai além e já deu alguns passos. Um deles foi a aprovação do projeto de lei de autoria do hoje chanceler José Serra que livrou a Petrobras da obrigação de ser a operadora única das reservas de pré-sal, com participação mínima de 30%. A esdrúxula exigência, fruto do modelo regulatório inventado pelo PT, caiu na semana passada.

A mudança terá o condão de desinterditar o setor e restaurar a autonomia da Petrobras. A estatal volta a poder decidir se irá ou não participar de negócios, como qualquer outra empresa que busque lucro e eficiência – ou seja, que tente produzir melhor e gerar mais benefícios para a sociedade.

Desde que a legislação foi alterada pelo PT, em 2010, a Petrobras viveu sua pior fase, com dívida de quase US$ 400 bilhões, perdeu dois terços de seu valor de mercado e ficou sem o selo de boa pagadora. No rastro da crise da empresa, o setor de petróleo fechou 500 mil postos de trabalho no país.

A aprovação da medida gerou reflexos imediatos. Segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo, com as regras agora revistas US$ 100 bilhões em novos investimentos deverão ser atraídos para o país a partir de 2018. As ações da Petrobras reagiram de imediato e alcançaram seu maior valor de mercado desde novembro de 2014.

A própria empresa, sob a nova direção de Pedro Parente, já havia começado a agir para superar a crise. O plano de saneamento inclui a redução do endividamento e a venda de ativos a um ritmo de pelo menos US$ 15 bilhões nos próximos dois anos. A estatal deixará setores em que se meteu sem nenhuma eficácia: biocombustíveis, distribuição de gás de cozinha, produção de fertilizantes e petroquímica.

Com as decisões da semana passada, o Congresso começou a enterrar um longo período no qual o discurso petista de defesa do povo, no qual a gastança e a Petrobras cumpriram papel de destaque, serviu para esconder quadrilhas organizadas, patrocinar decisões ruinosas e atrasar o país. Chegou a hora de realmente defender os brasileiros. A mudança começou.

– Carta de Formulação e Mobilização Política Nº 1.455

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