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Gestão de Bruno Araújo no Ministério das Cidades ilustra capacidade do PSDB de colaborar para a superação de questões cruciais para a melhoria de vida dos brasileiros

A principal vítima da saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades é o próprio país. Seus 18 meses à frente da pasta ilustram a capacidade de realização dos quadros tucanos, atestam o compromisso do PSDB com o interesse do país e mostram que é possível fazer política sem ceder a práticas deletérias e espúrias.

A passagem do deputado eleito por Pernambuco pelo governo exemplifica o tipo de colaboração que o partido pode dar ao Brasil. Foram 18 meses em que o Ministério das Cidades serviu fielmente ao objetivo de promover maior acesso a habitação, saneamento, mobilidade e ações de urbanização a mais pessoas.

Fez-se política pública com foco exclusivo no cidadão – assim como o PSDB vem fazendo no Itamaraty, na Secretaria-Geral da Presidência ou à frente do Ministério dos Direitos Humanos. É da tradição tucana agir com responsabilidade perante as dificuldades dos brasileiros, e esta participação era incontornável após o impeachment. Sem o PSDB, talvez o Brasil não tivesse reencontrado tão rapidamente o caminho do crescimento.

A gestão de Bruno Araújo nas Cidades jamais esteve vinculada à ocupação partidária de cargos na máquina do ministério. Toda a sua equipe foi constituída de técnicos de reconhecida capacidade gerencial e executiva. Tanto que, neste um ano e meio, foi capaz de dialogar com a sociedade, ressuscitar programas que estavam moribundos e também inovar em novas iniciativas.

O Minha Casa Minha Vida estava praticamente parado – em especial a faixa 1, destinada a famílias de baixa renda – e hoje voltou a construir e entregar moradias: serão 500 mil unidades até o fim de 2018, segundo consta da lista de obras do programa Avançar. Não há mais atrasos nos contratos.

O ministério não se limitou a fazer mais do mesmo. Equacionou, neste curto período, um problema secular do país: o da regularização de áreas e terrenos onde vivem e trabalham milhões de brasileiros. Também criou o Cartão Reforma, para promover dignidade a, até o momento, 182 mil famílias, com dinheiro a fundo perdido para ampliação e reforma de moradias.

A saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades abre caminho para a tão esperada reforma ministerial de Michel Temer. Os primeiros passos de interessados em assumir o orçamento de mais de R$ 10 bilhões da pasta, contudo, levam apreensão aos que gostariam de ver preservado o bom trabalho realizado pelo PSDB desde maio do ano passado.

O presidente da República tem o desafio de promover um rearranjo da Esplanada que colabore para a aprovação das difíceis matérias legislativas, mas que não desfigure o governo a ponto de torná-lo puramente refém do fisiologismo. Este é um momento político delicado dos dois anos e meio da gestão Temer, que pode determinar como ele passará para a história.

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