As contas do desemprego

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A destruição de empregos no país começou logo após a reeleição de Dilma e não parou mais. Para reverter a razia, o Brasil precisa crescer, coisa que o PT prefere impedir

O desemprego está entre os principais estragos produzidos pelos governos petistas na vida dos brasileiros. O exército de quase 23 milhões de pessoas sem trabalho atualmente existente no país é o retrato mais pavoroso do fracasso da política econômica patrocinada pelo PT e levada a extremos pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Levantamentos recentes permitem aquilatar melhor o tamanho do desastre. Um deles são os levantamentos do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). No ano passado, 1,32 milhão de empregos foram eliminados no país, de acordo com o que foi divulgado na semana passada pelo Ministério do Trabalho.

É o segundo ano consecutivo de destruição de vagas no país, com fé dezembro marcando o 21º mês seguido em que mais trabalhadores foram demitidos do que contratados. A razia de postos de trabalho foi iniciada ainda na primeira gestão de Dilma e, desde a sua reeleição, não parou mais.

Como os petistas agora deram para dizer que não têm nada a ver com o Brasil depauperado com o qual nos deparamos diariamente, é bom dar a César o que dele é. Já em outubro de 2014, o balanço do Caged tornara-se negativo (-30,3 mil vagas) e desde então nunca mais melhorou. Da reeleição até maio passado, mês do impeachment, 2,58 milhões de vagas foram dizimadas no país.

No levantamento que considera a taxa de desemprego nos principais municipios do país, captada por meio da Pnad Contínua do IBGE, 5 milhões de brasileiros perderam seus empregos entre a reeleição de Dilma e o impeachment. Hoje, o exército de desempregados soma quase 13 milhões de brasileiros.

Quando se examina a taxa de desemprego ampliado, que inclui os que deixaram de procurar emprego (desalento) e os que trabalham menos que 40 horas semanais (subocupação e bicos), o Brasil figura em quinto lugar num ranking global elaborado pelo banco Credit Suisse e publicado na edição de ontem do jornal O Estado de S. Paulo. Apenas Grécia, Espanha, Itália, Croácia e Chipre estão em pior situação.

Não se gera emprego com blábláblá. A única alternativa para que mais riqueza volte a ser produzida, novas oportunidades de trabalho tornem a ser ofertadas e mais pessoas retornem a suas atividades é a retomada do crescimento econômico. O resto é conversinha fiada, destas que os petistas adoram – ao mesmo tempo em que fazem o que podem para impedir que as iniciativas corretas sejam tomadas.

Derrubar o desemprego é o maior desafio que os novos governantes têm pela frente. Só com uma agenda de reformas estruturais, com mais responsabilidade no trato do dinheiro público e com uma redefinição do papel do Estado, abrindo maior espaço para o investimento privado, será possível encurtar o caminho até lá.

– Carta de Formulação e Mobilização Política N.º 1510

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