A turminha de jararacas

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Não passa um dia sem que o pessoal interessado em manter o país atolado na roubalheira e no atraso vá para as ruas para tocar o terror. Não é isso o que o Brasil da paz quer

Carta de Formulação e Mobilização Política, 09 de março de 2016, Nº 1318

No discurso que fez na sexta-feira passada após depor na Polícia Federal, Luiz Inácio Lula da Silva conclamou a militância governista a “levantar a cabeça†e espelhar-se em seu comportamento. Minutos depois, em sua reconhecida retórica, aquele que governou o país por oito anos comparou-se a uma jararaca. O pessoal seguiu a convocação à risca: está expondo sua peçonha pelo país afora.

Não passa um dia agora sem que a turma interessada em manter tudo como está – ou seja, o Brasil atolado na roubalheira e no atraso – vá para as ruas para tocar o terror. Mal Lula terminara seu ato na sede do PT, já tinha militantes e simpatizantes batendo em repórteres, intimando jornalistas e quebrando equipamento de cinegrafistas nas ruas de São Paulo.

Horas antes, nas portas do aeroporto de Congonhas, este pessoal também já havia repetido o espetáculo deprimente protagonizado na semana anterior em frente ao fórum onde Lula iria depor, agredindo críticos do governo.

No último fim de semana, a própria filha do ex-presidente estampou capas de jornal em gesto de fina elegância endereçado à “mídia golpistaâ€. Ontem, foi a vez da turma do MST invadir e depredar o prédio de uma afiliada de uma emissora de TV em Goiânia. Devidamente mascarados, gritavam palavras de ordem anacrônicas que rimam certinho com “mofoâ€.

Esta gente está desesperada porque percebe que o tempo em que podiam fazer e acontecer sem ninguém contestar acabou. Embora ainda muito barulhentos, não passam hoje de uma minoria sectária e truculenta. Gritos e ameaças são suas únicas armas, agressões e insultos são seus melhores argumentos. Não é disso que o país precisa, não é isso o que os brasileiros querem.

A maioria do país está do lado das mudanças, das transformações saneadoras resultantes da atuação decidida das instituições do Estado democrático de Direito, da restauração da ética e da decência na vida – não só pública – do país. Está do lado da paz, e reza estritamente pelas linhas da Constituição. A maioria absoluta dos brasileiros simplesmente não suporta mais que o país continue como está, que permaneça como as turminhas de jararacas querem.

É este o espírito que move as manifestações convocadas para o próximo domingo: o da luta pacífica e ordeira pela reconstrução do Brasil, pela recuperação da autoestima e da possibilidade de nosso povo voltar a sonhar com um futuro melhor, mais condigno com os valores que professa, defende e com os quais se orienta no seu dia a dia – os preceitos da honestidade.

Isto o pessoal que se inspira em serpentes peçonhentas não tolera. O interesse deles é simplesmente tentar barrar um movimento cívico com o qual a nação irá escrever uma página crucial da nossa história e começar a redefinir o destino que aguarda o país. O intuito deste pessoal é apenas tentar impedir que a justiça, a democracia e as liberdades triunfem. No domingo, vai ficar cabalmente comprovado que esta turminha pode até ter algum chocalho, mas já perdeu suas garras. O Brasil da paz vai prevalecer.

 

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